O ministro da Economia, António Pires de Lima, afirmou hoje que a economia portuguesa vive “um momento de viragem, que terá confirmação em 2015”, e que as exportações superam as importações “pela primeira vez em 70 anos”.

O conselheiro nacional CDS-PP, também responsável pela pasta da Economia, falava no final de uma reunião da Comissão Política Nacional centrista, que durou quase três horas.

Pires de Lima invocou o seu estatuto “de convidado” nesta reunião da Comissão Política do CDS-PP, onde esteve para “partilhar o seu sentimento relativamente à economia em 2015” e não respondeu a perguntas dos jornalistas sobre outros temas.

“Creio que a economia portuguesa está a viver um momento de viragem, que terá confirmação em 2015 e que se traduzirá, eu espero, num sentimento mais positivo também na vida das pessoas ao longo deste ano, com uma recuperação do emprego e uma melhoria gradual do rendimento das pessoas”, afirmou o governante.

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O ministro da Economia voltou a dizer que 2014 foi “o melhor ano de sempre” para as exportações portuguesas, “mais 40 por cento do que em 2009”.

“Ao contrário da década passada, desta vez o crescimento é sustentável”, afirmou Pires de Lima, que apontou as “contas externas positivas”, com a economia a “exportar mais do que importa” como um facto “verdadeiramente de realçar e extraordinário”.

“Isto foi verdade pela primeira vez em 70 anos”, observou.

António Pires de Lima referiu ainda que “os indicadores de confiança dos consumidores” atingiram o valor “máximo dos últimos 13 anos” e que “o dos agentes económicos está no melhor ponto desde maio de 2011”.

Questionado sobre as negociações entre o CDS e o PSD para uma coligação pré-eleitoral, o centrista recusou-se a fazer comentários.

“Estou aqui como convidado, nesta Comissão Política, e creio que não seria curial estar-me a pronunciar sobre esta matéria, o que senti verdadeiramente como dirigente do partido é que o está concentrado nas eleições de março na Madeira”, respondeu.

Pires de Lima rejeitou ainda responder a questões sobre a oferta pública de aquisição ao BPI, as críticas do governo grego a Portugal e sobre as alegadas dívidas do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, à Segurança Social.

“Tenho uma enorme honra em pertencer a este Governo liderado pelo doutor Pedro Passos Coelho”, afirmou apenas.