O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil autorizou a investigação de dezenas de parlamentares alegadamente envolvidos no escândalo de corrupção da Petrobras, entre os quais os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, ambos da maioria presidencial.

A notícia foi divulgada na noite de sexta-feira, com o STF a argumentar que “a instauração de inquéritos foi considerada viável porque há indícios de ilegalidade”.

Na quarta-feira, a Procuradoria-Geral da República brasileira tinha pedido ao STF a investigação de 54 pessoas suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.

O pedido ao STF foi necessário porque os políticos no exercício do mandato possuem imunidade e não podem ser investigados pelo Ministério Público ou pela Polícia Federal sem a autorização da mais alta instância judicial do país.

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A Polícia Federal está a investigar desvios de dinheiro, pagamento de luvas, corrupção e branqueamento de capitais, desde março de 2014, em operação designada Lava Jato.

Os políticos que poderão ser investigados pertencem a diversos partidos, incluindo o Partido dos Trabalhadores (PT, de Dilma Rousseff), o Partido do Movimento Democrático Nacional (PMDB, da coligação do PT), e do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB, principal força de oposição), informaram jornais locais.

Os nomes foram obtidos em depoimentos de dois acusados que fizeram acordo com a Justiça em troca de uma possível redução de pena, o “doleiro” (cambista ilegal) Alberto Yousseff e o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa.