Dezenas de clientes que subscreveram papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) estão este sábado a manifestar-se em frente ao Centro de Congressos de Lisboa exigindo o dinheiro investido em papel comercial no Banco Espírito Santo (BES).

O protesto estava marcado para as 11h30, mas os manifestantes começaram a chegar mais cedo, empunhando cartazes.

Nos cartazes, liam-se frases como “E agora como explico ao meu filho que deve poupar?”, “A Presidência da República defende os gatunos do sistema financeiro, quem defende os portugueses?” e “Carlos Costa, amigo de Salgado”.

O parque de estacionamento em frente ao Centro de Congressos de Lisboa (antiga FIL), na Junqueira, está vedado com grades de ferro e há um forte dispositivo policial no local. As associações de lesados fizeram, nas últimas semanas, protestos em várias cidades do país, como Braga, Leiria, Viseu, a exigirem soluções para estes clientes.

Relativamente aos três mil clientes lesados pelo papel comercial das empresas não financeiras do Grupo Espírito Santo, a 3 de março, o presidente do Novo Banco, Stock da Cunha, fez questão de sublinhar que não é uma dívida da instituição financeira, mas sim de entidades externas, sendo que só o Banco de Portugal pode resolver a questão.

A 3 de agosto de 2014, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas) e o banco de transição, o Novo Banco.

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