A Transparência Internacional apelou nesta terça-feira para que o Congresso brasileiro aprove “rapidamente” o conjunto de medidas anticorrupção proposto pela Presidente Dilma Rousseff, e que promulgue a lei da reforma política. O pacote de combate à corrupção de Dilma Rousseff surgiu como resposta às suspeitas de desvios de dinheiro na Petrobras e aos protestos contra o Governo realizados no último dia 15.

Já o projeto da reforma política, proposto pela Organização dos Advogados do Brasil e pela sociedade civil, tenta limitar as doações de empresas a campanhas políticas e defende o financiamento público dos candidatos. “Os brasileiros já sofreram demais sob um sistema em que um clientelismo desenfreado, uma abordagem ao combate à corrupção fragmentada e contribuições empresariais a campanhas políticas sem qualquer tipo de restrição se tornaram as marcas de um sistema político profundamente precário”, afirmou José Ugaz, presidente da Organização Não Governamental (ONG), em comunicado.

Ugaz realçou que o pacote anticorrupção é “um bom começo, mas não é suficiente por si só”, e pediu que seja complementado por uma “reforma política rigorosa”.

As medidas propostas contemplam a criminalização do “caixa dois” (dinheiro não contabilizado e não declarado às finanças) em campanhas eleitorais e do enriquecimento ilícito, o confisco de bens nos casos de corrupção e a extensão da Ficha Limpa, que proíbe que condenados se candidatem a cargos públicos. Segundo a Transparência Internacional, 81% das pessoas consultadas no Brasil em 2013 consideravam que os partidos políticos eram corruptos ou extremamente corruptos.

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