Um dos pilotos do Airbus 320 da Germanwings que se despenhou nos Alpes franceses deixou o cockpit antes de o avião ter começado a descida de oito minutos que culminou com o choque contra a montanha, e não conseguiu voltar a entrar.

A informação está a ser avançada pelo jornal norte-americano New York Times que cita fonte militar envolvida na investigação. O jornal escreve que uma gravação prova que durante o início da viagem entre Barcelona e Dusseldorf a conversa entre os dois pilotos foi muito “tranquila, calma”, mas que foi interrompida pela saída de um dos pilotos. Esse mesmo piloto já não conseguiu voltar a entrar, passado algum tempo, no cockpit.

A fonte do New York Times revelou que “ouve-se um homem a bater suavemente à porta do cockpit, mas não há resposta. Depois ele bate com mais força e mesmo assim não há resposta. Nunca há uma resposta”. A fonte diz que é perceptível pela gravação que o homem tenta arrombar a porta.

A Lufthansa não confirmou porém que um dos pilotos do aparelho ficou retido fora da cabine de comando não tendo obtido qualquer resposta quando, depois de se ausentar, tentou regressar ao cockpit. Em declarações à agência noticiosa DPA, um porta-voz da companhia disse “não ter atualmente nenhuma informação que possa confirmar a notícia do diário New York Times”.

No entanto, a companhia alemã comprometeu-se a divulgar toda a informação da tragédia, onde morreram 150 pessoas, e apelou a que não seja dado crédito a “especulações” sobre as causas do acidente do voo 9525 entre Barcelona e Düsseldorf.

Entretanto também se soube que o copiloto do Airbus 320 tinha apenas 630 horas de voo e estava ao serviço da companhia desde setembro de 2014. A revelação foi feita pelo grupo alemão Lufthansa, proprietário da Germanwings, em declarações à agência AFP. Na terça-feira a companhia já tinha referido que o comandante do aparelho tinha uma experiência acumulada de 10 anos com mais de 6.000 horas de voo.

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