Sete anos depois do homicídio da estudante britânica em Itália, Meredith Kirchner, os principais suspeitos, Amanda Knox e Raffaele Sollecito, foram absolvidos do crime pelo Supremo Tribunal de Justiça italiano. O casal fora condenado em primeira instância de homicídio e abuso sexual, mas o tribunal superior não considerou existirem provas suficientes.
A sentença tinha sido confirmada há cerca de um ano. Amanda Knox fora condenada a 28 anos e seis meses de cadeia pela morte da amiga britânica com quem partilhava casa em Perúgoa, Itália. O seu namorado, Raffaele Sollecito, igualmente suspeito, fora condenado a 25 anos de cadeia. Esta sexta-feira acabaram ilibados de qualquer crime.
Amanda Knox estava a viver em Seattle, nos Estados Unidos, e podia ser extraditada para Itália caso a condenação fosse confirmada pelo tribunal superior. Ela e o namorado tinham sido condenados em primeira instância em 2009, foram depois absolvidos em sede de recurso, em 2011, mas o julgamento foi anulado e repetido. Sendo o casal novamente condenado.
O Supremo Tribunal italiano, segundo o The Guardian, considerou não existirem provas suficientes para incriminar o casal e absolveu-os, recusando repetir novamente o julgamento.
Amanda Knox era uma das colegas de casa de Meredith Kirchner, uma estudante italiana encontrada morta no seu quarto em novembro de 2007. Na altura, a estudante britânica que aprendia italiano num programa de intercâmbio escolar, terá ligado às autoridades a dizer que estava a ser ameaçada. Quando a polícia chegou ao apartamento, horas depois, encontrou vestígios de sangue na casa de banho e acabou por arrombar a porta do quarto. Havia uma janela partida, mas a porta estava trancada e não havia sinais de assalto. Todos os seus bens pessoais estavam intocáveis.
Quando o crime aconteceu, a estudante estaria sozinha. Pouco antes tinha estado em casa de uns amigos a ver um filme. As colegas de casa tinham dormido fora. No momento em que a polícia chegou à casa, depois e localizar a autora da chamada, já estavam duas colegas em casa. Nem se tinham apercebido do crime.
Na altura a polícia acabou por deter uma das colegas de apartamento, Amanda, e o seu namorado italiano. Suspeitando de uma brincadeira sexual que correu mal. Foi também detido o dono do bar que a estudante frequentava, mas este acabou por ser libertado.
O casal detido negou sempre qualquer responsabilidade. Só agora o que disseram foi reconhecido em tribunal.