Sete anos depois do homicídio da estudante britânica em Itália, Meredith Kirchner, os principais suspeitos, Amanda Knox e Raffaele Sollecito, foram absolvidos do crime pelo Supremo Tribunal de Justiça italiano. O casal fora condenado em primeira instância de homicídio e abuso sexual, mas o tribunal superior não considerou existirem provas suficientes.

A sentença tinha sido confirmada há cerca de um ano. Amanda Knox fora condenada a 28 anos e seis meses de cadeia pela morte da amiga britânica com quem partilhava casa em Perúgoa, Itália. O seu namorado, Raffaele Sollecito, igualmente suspeito, fora condenado a 25 anos de cadeia. Esta sexta-feira acabaram ilibados de qualquer crime.

Italian Raffaele Sollecito, convicted with former lover Amanda Knox of the grizzly murder of a British student, speaks during a press conference on July 1st, 2014 in Rome. Sollecito's new defense strategy comes as their legal teams prepare to appeal the couple's murder convictions in the death of Knox's former roommate Meredith Kercher before Italy's Supreme Court next year. Knox and Sollecito were first convicted of the murder in 2009, then acquitted in 2011 on appeal. The supreme court last year ordered a re-trial, leading to the guilty verdicts issued on January 31, 2014.  AFP PHOTO / FILIPPO MONTEFORTE        (Photo credit should read FILIPPO MONTEFORTE/AFP/Getty Images)

O italiano Raffaele Sollecito, também condenado e agora absolvido

Amanda Knox estava a viver em Seattle, nos Estados Unidos, e podia ser extraditada para Itália caso a condenação fosse confirmada pelo tribunal superior. Ela e o namorado tinham sido condenados em primeira instância em 2009, foram depois absolvidos em sede de recurso, em 2011, mas o julgamento foi anulado e repetido. Sendo o casal novamente condenado.

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O Supremo Tribunal italiano, segundo o The Guardian, considerou não existirem provas suficientes para incriminar o casal e absolveu-os, recusando repetir novamente o julgamento.

Amanda Knox era uma das colegas de casa de Meredith Kirchner, uma estudante italiana encontrada morta no seu quarto em novembro de 2007. Na altura, a estudante britânica que aprendia italiano num programa de intercâmbio escolar, terá ligado às autoridades a dizer que estava a ser ameaçada. Quando a polícia chegou ao apartamento, horas depois, encontrou vestígios de sangue na casa de banho e acabou por arrombar a porta do quarto. Havia uma janela partida, mas a porta estava trancada e não havia sinais de assalto. Todos os seus bens pessoais estavam intocáveis.

Quando o crime aconteceu, a estudante estaria sozinha. Pouco antes tinha estado em casa de uns amigos a ver um filme. As colegas de casa tinham dormido fora. No momento em que a polícia chegou à casa, depois e localizar a autora da chamada, já estavam duas colegas em casa. Nem se tinham apercebido do crime.

Na altura a polícia acabou por deter uma das colegas de apartamento, Amanda, e o seu namorado italiano. Suspeitando de uma brincadeira sexual que correu mal. Foi também detido o dono do bar que a estudante frequentava, mas este acabou por ser libertado.

O casal detido negou sempre qualquer responsabilidade. Só agora o que disseram foi reconhecido em tribunal.