O acidente que envolveu o Airbus 320 e que vitimou 150 pessoas é já considerado o maior desastre de aviação em solo francês. À medida que vão sendo conhecidos novos detalhes sobre a queda do avião, surgem outros dados que explicam o quão inesperado foi o acidente: na lista de companhias aéreas mais seguras da Europa, a Lufthansa, a empresa que detém a Germanwings, é a segunda. Já a portuguesa TAP ocupa a terceira posição, numa lista liderada pela KLM. Na lista mundial, contudo, o panorama é bem diferente.

Dos dados da Jet Airliner Crash Data Evaluation Centre, organização que se dedica, precisamente, à análise global da segurança na aviação, as companhias aéreas europeias ocupam uma espécie de segunda linha em termos de segurança. Só a líder europeia KLM consegue alcançar o top dez de uma lista dominada pela chinesa Cathay Pacific Airways.

Só a segunda metade do top 20 mundial é dominadoa por companhias aéreas europeias: Lufthansa (12º), TAP Portugal (13º), British Airways (14º) e Virgin Atlantic Airways (16º).

A lista foi recuperada pela cadeia de televisão norte-americana CNN, que aproveitou para lembrar vários dados sobre aviação europeia: por exemplo, o número de aviões que teve acidentes quando sobrevoava espaço aéreo europeu é apenas de um em cada 7 milhões.

Mais: apenas 0,15 aviões por cada milhão de voos ficou de tal forma danificado que não foi possível proceder à sua reparação. Um número bastante inferior aos aviões que sobrevoam a região Ásia-Pacífico (0,44) e muito próximo da América do Norte (0,11).

É, por isso, fácil de concluir que o número de acidentes sérios na Europa é relativamente baixo, escreve a CNN, que cita dados da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA).

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