O PSD quer que os erros da Comissão Nacional de Eleições (CNE) no apuramento dos resultados das eleições regionais da Madeira sejam investigados e que haja consequências. Em declarações ao Observador, o vice-presidente da bancada do PSD, Carlos Abreu Amorim, afirma que o que se passou “põe em causa a isenção e veracidade” do trabalho da CNE na Madeira e que o assunto não pode ficar por esclarecer.

“A CNE é uma entidade administrativa independente. Por isso, espero que promova um inquérito interno”, afirma, um dia depois da CNE ter emitido um comunicado em que reconheceu um “pequeno lapso” de uma aplicação informática, que não considerou os votos da ilha de Porto Santo. O lapso foi “prontamente corrigido” e a CNE lamenta que a situação tenha gerado alarme e “incompreensões” na opinião pública. O comunicado acrescentou que nenhum dos membros da assembleia de apuramento tem quaisquer responsabilidades.

Para o PSD, estas explicações não são suficientes. Os sociais-democratas consideram que não há memória de um lapso deste género (que fez com que durante duas horas o PSD tivesse perdido a maioria absoluta por um lugar, que passou para a CDU) e que o que se passou manchou a vitória de Miguel Albuquerque numa altura em que vai a votos pela primeira vez.

A CNE existe desde 1976 e, apesar de ser uma entidade administrativa independente, os seus membros são indicados pelos partidos com assento parlamentar.

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