O economista Paul Krugman reiterou em Atenas que a política de austeridade que tem sido aplicada na Europa deve acabar e que o Governo grego deve manter as suas “linhas vermelhas” nas negociações com os credores.

“A estrita política de austeridade na Grécia deve terminar”, disse Krugman em conferência de imprensa, assinalando que “os credores do país estão à espera de algumas concessões para avançar no acordo”.

O economista defendeu que o Governo liderado por Alexis Tsipras não pode ceder na redução de salários e pensões, dado que o país teve de fazer um forte ajustamento nos últimos cinco anos com grandes sacrifícios.

O Prémio Nobel da Economia disse que para a Grécia conseguir um excedente primário deve implementar reformas estruturais e não fazer novos ajustamentos orçamentais.

Krugman reuniu-se hoje com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e com o presidente da República, Prokopis Pavlopoulos, que lhe agradeceu as palavras sobre a Grécia.

“Com o que disse na sua conferência ajudou bastante no esforço que a Grécia tem feito para permanecer na União Europeia e na zona euro e para cumprir plenamente as suas obrigações”, afirmou Pavlopoulos.

O presidente referia-se à conferência de Krugman na sexta-feira na capital grega, na qual defendeu que uma saída de Grécia do euro “seria um inferno” e que uma alteração da moeda teria graves consequências para a economia do país.

O “grupo de Bruxelas” formado por representantes das instituições credoras da Grécia e por representantes do governo grego reúne-se hoje em Paris para tentar alcançar progressos nas negociações, com o objetivo de chegar a um acordo de princípio que permita ao Eurogrupo pronunciar-se sobre o financiamento ao país, no próximo dia 24, numa reunião em Riga.

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