Cerca de dez mil pessoas saíram neste domingo para as ruas de Chisinau, capital da Moldávia, para protestarem contra o alegado desaparecimento de 900 milhões de euros das contas de três entidades bancárias. Em abril, o Banco Central da Moldávia descobriu que três bancos fizeram empréstimos no total de 900 milhões de euros, o que representa 15% da produção de riqueza (Produto Interno Bruto) daquele país da ex-União Soviética, com 3,5 milhões de habitantes.

Os beneficiários daqueles empréstimos não foram ainda identificados, pelo que o dinheiro foi dado como “desaparecido”, rebentando um escândalo nacional que levou a população a protestar nas ruas e que coloca a Moldávia em cheque nas suas ambições de se tornar membro da União Europeia.

Na investigação já iniciada, duas pessoas foram detidas – mas cuja identidade não foi revelada – e outras terão visto as suas contas congeladas. Em causa estão os bancos Banca de Economii, Banca Sociala e Unibank, um terço das entidades bancárias existentes na Moldávia. De acordo com um relatório parlamentar, divulgado pela imprensa, acredita-se que parte do dinheiro em causa foi parar a bancos russos.

No protesto de hoje, os moldavos entoaram frases contra a corrupção e pediram a demissão de várias figuras da justiça, nomeadamente da Procuradoria-Geral e do Supremo Tribunal, e dos políticos envolvidos no escândalo.

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