O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, afirmou este sábado os representantes de Atenas e dos credores estão “na reta final” das negociações “duras e dolorosas” que fizeram destes últimos meses “um período difícil” para a Grécia. O responsável garante, contudo, que não irá aceitar “exigências irracionais” por parte dos credores e que, assim, espera que os credores correspondam à “disponibilidade que a Grécia mostrou para chegar a uma solução mutuamente benéfica“.

“Estamos na reta final de um período doloroso e duro, marcado pelas negociações do governo com as instituições”, disse Alexis Tsipras aos colegas do partido Syriza no regresso de uma viagem a Riga, na Letónia, onde decorreu uma cimeira de líderes europeus.

Falando perante deputados do Syriza que estão, em muitos casos, a criticar a posição de Tsipras por ser demasiado branda, o primeiro-ministro deixou uma garantia: “podem estar descansados quanto a estas negociações, já que não iremos aceitar quaisquer condições humilhantes“.

Em termos concretos, Tsipras diz que não irá acolher “exigências irracionais quando ao IVA, as pensões e as questões do mercado de trabalho”. Sobretudo vindas “dos arquitetos do programa de resgate do FMI mais mal sucedido da História, que não admitem o seu falhanço”.

Numa tentativa de anular a oposição interna, Alexis Tsipras deixou claro que “a esmagadora maioria dos cidadãos gregos quer uma solução e não apenas um acordo, e suporta o governo nesta negociação difícil”.

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