O Estado Islâmico já matou pelo menos 400 pessoas desde que passou a controlar a cidade histórica de Palmira, na Síria, segundo a Reuters, com base na imprensa síria. Entre as vítimas, encontram-se dezenas de funcionários públicos, incluindo a responsável pelo departamento de enfermagem do hospital local e respetiva família.
“Os terroristas mataram mais de 400 pessoas… e mutilaram os seus corpos, sob o pretexto de que tinham cooperado com o Governo e que não estavam dispostos a seguir ordens [do Estado Islâmico], avançou a agência de notícias local, com base no relato dos habitantes de Palmira.
Os apoiantes do grupo terrorista também publicaram vídeos na internet, onde os militante do Estado Islâmico mostram como vasculham os edifícios públicos à procura de membros do exército sírio e derrubando as imagens que encontrava do presidente Bashar al-Assad.
Antes de o Estado Islâmico ter invadido a cidade histórica de Palmira, pelo menos 300 soldados sírios perderam a vida, e muitos estão desaparecidos, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
A televisão síria também avançou que o exército matou 300 insurgentes em ataques aéreos, que terminaram com o cerco que o Estado Islâmico estava a fazer a um hospital na província de Idlib. Segundo o Observatório sírio, no último mês, morreram 261 militares sírios, incluindo 90 oficiais.
Na quarta-feira, o grupo terrorista começou a invadir a cidade que é considerada “um oásis no deserto”. Ponto de cruzamento entre várias culuras, Palmira já viu as suas ruínas históricas a serem declaradas “Património da Humanidade”, em 1980, pela Organização das Nacões Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). Palmira foi uma das cidades mais importantes na rota da Seda, ligando a Pérsia, Índia e China ao Império Romano.