A Parvalorem, empresa pública responsável por gerir o buraco do BPN, entregou uma queixa-crime no Departamento Central de Investigação e Ação Penal contra os administradores do banco nomeados após a nacionalização do banco, por crimes de gestão danosa e abuso de poder, noticiou esta sexta-feira o Diário de Notícias.
Uma das questões levantadas pela atual administração da Parvalorem prende-se, diz o jornal, com uma eventual “concessão de crédito feito pelo BPN nos primeiros seis meses da nacionalização” – acima dos 500 milhões de euros. O problema é que esse crédito vinha não do banco, mas da CGD, com garantia do Estado. O que levou a perdas para o erário público, implicando o pagamento de 40 milhões de euros/ano em juros à CGD (com efeitos de contas públicas).
A suspeita relatada ao DN é que a política da administração não era de conceder “crédito novo”, mas sim “reestruturar créditos já existentes, o que não pode ser visto como novo crédito”.