Quem aprecia os trabalhos fotográficos de Robert Capa (1913-1954) habituou-se a ver as imagens que captou a preto e branco, sobretudo aquelas que fez durante a Segunda Guerra Mundial. Mas o fotógrafo também utilizou a cor desde os anos 1930, quando a técnica entrou numa fase desenvolvimento e de popularização.

Acontece que as imagens a cor não tinham grande mercado quando Capa começou a explorar o respetivo potencial. Durante os anos do segundo grande conflito militar mundial, o fotógrafo tinha dificuldade em vender imagens a cores, pelo que continuou a fotografar a preto e branco e só regressou à cor em meados dos anos 1940.

São cem destas imagens captadas pelo fotógrafo húngaro que estão expostas a partir desta segunda-feira e até 20 de setembro, pela primeira vez na Europa, no Robert Capa Contemporary Photography Centre, em Budapeste. As fotografias foram restauradas com o recurso à digitalização e mostram locais na Grã-Bretanha, Tunísia e Itália realizadas durante a Segunda Guerra Mundial, bem como outras feitas durante a Primeira Guerra da Indochina, conflito em que Capa encontrou a morte.

Os visitantes poderão, ainda, ver fotografias de personalidades marcantes do século XX. O pintor Pablo Picasso, o escritor Ernest Hemingway, e os realizadores Ignmar Bergman e Roberto Rosselini são quatro das figuras alvo da objetiva de Robert Capa.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR