O ex-presidente do Governo Regional da Madeira Alberto João Jardim disse estar disposto a avançar para as eleições presidenciais se tiver 10 mil proponentes e apoio financeiro.

“O que me proponho é isto: se aparecerem pelo menos 10 mil proponentes, eu avanço, mas é preciso que apareçam”, revelou Jardim à margem do XII Congresso das Misericórdias da Madeira e dos Açores.

Alberto João Jardim realçou, contudo, ser preciso apoio financeiro, que não dispõe. “É preciso, em Portugal, estar consciente de uma coisa: primeiro eu não tenho a finança ao meu lado, não tenho o grande capital ao meu lado, eu não tenho os partidos ao meu lado e, por outro lado, não enriqueci na política e, portanto, não tenho, pessoalmente, dinheiro para me meter nisto”.

Alberto João Jardim respondia assim à “iniciativa de um grupo de amigos, madeirenses e do continente,” que através das redes sociais, estão apelar para que se candidate à Presidência da República.

Para o ex-governante “é preciso que haja duas componentes, apoiantes em número suficiente e que haja uma base financeira porque eu não tenho dinheiro para grandes fantasias”.

“A nossa democracia é mesmo assim, ou se tem dinheiro, ou não se pode avançar”, lembrou, salientando não ter ilusões quanto à candidatura: “não tenho ilusões, isto é passado por quem tem dinheiro e pelos partidos do regime, o que eu quero ter é, sobretudo, a oportunidade de demonstrar aos portugueses que os centros de decisão hoje já não estão nos partidos, estão noutros lobbies e noutros poderes económicos e que é preciso os portugueses terem consciência daquilo em que estão metidos e que, ao contrário do que se diz, a crise não acabou”.

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