Um acordo com os credores “virá até 18 de junho ou virá nunca“, avisa o ministro da Defesa, Panos Kammenos, que é, também, líder do partido nacionalista com quem o Syriza está coligado. A próxima reunião do Eurogrupo é o último encontro (previsto) dos ministros das Finanças da zona euro antes do final de junho, data-limite para a conclusão da quinta e última avaliação do segundo resgate.

As declarações de Panos Kammenos, em entrevista à televisão grega Mega TV citada pelo Kathimerini, vão na mesma linha dos comentários de outro membro do governo, Alekos Flambouraris, ministro de Estado e muito próximo do primeiro-ministro Alexis Tsipras. “Espero que (um acordo) venha muito em breve, a 18 de junho, quando o Eurogrupo de reunir”, afirmou o responsável.

O que parece ser uma certeza é que, apesar de o FMI ter abandonado na quinta-feira as negociações técnicas, “um acordo sem a aprovação do FMI é inimaginável“, afirmou esta sexta-feira Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo.

“Não tem havido progressos no estreitamento das divergências e, portanto, estamos muito longe de um acordo” sobre as reformas que os credores exigem a Atenas para desbloquear o impasse que se arrasta há cinco meses. A fonte do FMI acrescentou, contudo, que “continuamos em contacto”.

Segundo a imprensa grega, contudo, não foi só o FMI que interrompeu as negociações técnicas. Também os representantes do Banco Central Europeu só regressarão a Bruxelas para estas negociações quando tiverem “garantias convincentes” de que houve progressos na posição grega.

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