“He named me Malala” é o nome do documentário sobre a vida de uma adolescente paquistanesa de 17 anos. É a história de Malala Yousafzai, agora estudante no Reino Unido e a mais jovem vencedora do prémio Nobel da Paz (recebeu-o em 2014). É também uma das ativistas mais conhecidas do mundo pela defesa do direito à educação das meninas. “O meu pai só me deu o nome ‘Malala’, não fez de mim ‘Malala'”, diz. No filme, passa-se das imagens dos grandes discursos de Malala, dos flashes dos fotógrafos, do aperto de mão a alguns chefes de Estado até ao jogo de cartas com o irmão e aos risos na casa da família.
“Eu continuo a ser uma rapariga normal, mas se tivesse uma mãe normal e um pai normal, já teria dois filhos nesta altura“, explica Malala no trailer do documentário, realizado por Davis Guggenheim. A rapariga que foi alvejada aos 15 anos por um terrorista da Al-Qaeda enquanto regressava da escola é, desde cedo, defensora do direito à educação. Foi aliás esse o motivo que levou ao ataque que sofreu. “Pensaram que a bala nos ia silenciar. (Mas) eu continuo a mesma Malala”, diz no excerto lançado agora. O pai conta que ele e a mulher choraram “toda a noite” enquanto Malala lutava pela vida depois de ter sido alvejada no lado esquerdo da cabeça.
“Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo”, é uma das frases-chave de Malala.
“Há um momento em que tens de escolher entre ficar calada ou fazer alguma coisa”. E foi a tomada da segunda opção que levou a rapariga a ser agora a protagonista do filme que estará disponível em outubro. “O meu pai pergunta-me: como é que os perdoaste?”, conta Malala, que admite ter “algumas saudades” das ruas e dos amigos.