O Presidente dos Estados Unidos apelou na quarta-feira aos dirigentes chineses para que deem “passos concretos” para reduzir a tensão. Em causa estão a pirataria informática e as reivindicações marítimas.

Dirigentes norte-americanos exprimiram fortes preocupações a propósito das duas questões durante o diálogo estratégico e económico, que os dois Estados mantêm com caráter anual, para discutir a evolução da relação bilateral.

Durante as conversações com dirigentes chineses, entre os quais dois vice-presidentes do Conselho de Estado (Governo), Liu Yandong e Wang Yang, Barack Obama “exprimiu as continuadas preocupações dos EUA com o comportamento da China, em termos de informática e marítimos, e apelou à China para que desse passos concretos para reduzir a tensão”, segundo um comunicado da Casa Branca.

As tensões entre os dois Estados aumentaram depois de os EUA acusarem a China de espionagem informática, com as conversações desta semana a ocorrerem depois de serem divulgadas brechas significativas na rede informática da Administração norte-americana, designadamente no serviço de gestão de pessoal.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que acolheu as conversações com o seu par do Tesouro, Jacob Lew, disse que os ataques informáticos tinham levantado questões sobre a segurança e “prejudicaram francamente as empresas norte-americanas”.

Mas apesar de as partes terem realçado as suas divergências em vários assuntos, também mencionaram áreas em que podem cooperar, como os esforços para conter a proliferação nuclear, nos casos do Irão e Coreia do Norte, ou o Afeganistão.

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