Uma família de 12 pessoas, incluindo um bebé e dois idosos, residentes no Reino Unido, podem ter viajado para a Síria, após a polícia os considerar como desaparecidos. Não são vistos desde dia 17 de maio, data em que embarcaram para uma viagem ao Bangladesh, a terra natal da família.

Segundo uma declaração da polícia local de Bedfordshire, a família terá viajado para o Bangladesh via aeroporto de Heathrow. A viagem de regresso teve uma escala em Istambul, na Turquia, o aeroporto mais usado pelos recém-radicalizados que pretendem juntar-se ao Estado Islâmico na Síria.

A família era formada por Muhammed Abdul Mannan, de 75 anos, e a sua mulher Minera Khatun, de 53 anos. Os seus filhos mais novos eram Rajia Khanom, de 21 anos, Mohammed Zayd Hussain, de 25 anos, e Mohammed Toufique Hussain, de 19 anos. Os seus filhos mais velhos, Mohammed Abil Kashem Saker, de 31 anos, e Mohammed Saleh Hussain, de 26 anos, eram casados com Sheida Khanam, de 27 anos, e Roshanara Begum, de 27 anos, respetivamente. Os casais tiveram três crianças, entre os 1 e os 11 anos de idade. Viviam em Luton, na região de Bedfordshire, em Inglaterra, mas eram naturais de Bangladesh.

Parentes da família disseram, em declarações à polícia responsável pela investigação, que “estão devastados com o desaparecimento dos seus 12 familiares” e que estão “muito preocupados com a sua segurança”.

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“Isto não faz sentido. Podemos apenas achar que alguém os convenceu a irem para lá, mas aquilo não é sítio para velhotes ou bebés”, sublinhou o familiar.

Ashuk Ahmed, um amigo próximo da família há 30 anos, disse à Sky News que uma das mulheres da família se tinha radicalizado. “A família pensava que ia viajar para o Bangladesh. Foi planeado como uma genuína visita familiar”, disse Ahmed, acrescentado que a comunidade islâmica de Leton está em choque.

“Os rapazes tinham todos negócios de sucesso”, garantiu Ahmed, mostrando-se incrédulo e surpreendido. “Eles estão seguros”, disse Ahmed, assegurando que entrou em contacto há duas semanas com um dos homens da família.

De momento, a polícia de Bedfordshire está a investigar o caso.