O estafado chavão de “país mais jovem do mundo” está desde há quatro anos associado a desgraça, violência, fome e guerra. Sem esperança nem ambição, o Sudão do Sul continua perdido numa guerra civil que parece não ter fim e que já deslocou dois milhões de pessoas.

A 10 de julho de 2011 a nação separou-se do Sudão e o mundo esperou que isso fosse o suficiente para dar paz a etnias que eram perseguidas pelo regime de Omar al-Bashir há mais de duas décadas. Mas nem dois anos passaram e uma crise política degenerou em guerra civil, mais uma vez entre etnias rivais que disputam um poder ainda mal formado.

Os correspondentes do Guardian encontram medo mas também esperança quando viajam pela capital Juba. As repetidas reuniões para a paz, que decorrem em Nairobi, não têm servido para mais do que para manter separados os dois líderes em conflito: Salva Kiir, Presidente, e Riek Machar, antigo vice-presidente deposto em 2013 sob acusação de preparar um golpe militar.

O país vive em colapso económico, com os piores indicadores de desenvolvimento registados em todo o mundo. E quase 40% da população de nove milhões precisa de ajuda humanitária para viver, incluindo os dois milhões que estão deslocados em campos de refugiados no sul do país e no Uganda. E é neste cenário que o Sudão do Sul lança novas moedas de uma e duas libras sudanesas, que valem praticamente nada e servem apenas para “comprar agulhas e botões”, como explicou o governador do banco central.

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