George Clooney juntou-se ao ativista John Prendergast num novo projeto de defesa dos direitos humanos. O objetivo é descobrir e denunciar quem lucra com a guerra e corrupção que atravessam várias regiões do continente africano. A equipa responsável pelo Sentry – assim se chama o novo projeto de Clooney – vai tentar seguir o rasto do fluxo de dinheiro que sangra dos conflitos que se travam em África, em regiões como a República Democrática do Congo, a República Centro Africana, o Sudão e o Sudão do Sul, como escreve a Time.

“A verdadeira alavanca para a paz e para [a proteção] dos direitos humanos vai chegar quando as pessoas que beneficiam com a guerra paguem o preço pela destruição que causam”, afirmou Clooney num comunicado citado pela revista norte-americana. Em maio de 2015, o jornalista norte-americano Tom Burgis publicou o livro “A Pilhagem de África”, onde denuncia e descreve minuciosamente a existência de complexas teias de relações entre o crescente poder chinês, os senhores da guerra, a corrupção das elites africanas e o delapidar do património natural das nações do continente.

Mais tarde, em entrevista ao Observador, o jornalista do Financial Times, que foi durante anos correspondente em África, explica como esta teia se estende desde o Zimbábue a Angola até cravar os tentáculos em Nova Iorque, Londres e no Dubai, onde o dinheiro “sujo” é lavado e colocado a circular. Agora, e através de um site criado para o efeito, a organização responsável pelo Sentry vai permitir que qualquer pessoa que assim o deseje faça denúncias anónimas que ajudem a seguir o rasto deste dinheiro.

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