O nome Storik não é estranho a todos aqueles que passam (ou vão passando) com alguma frequência pela Rua do Alecrim, em Lisboa. E não admira que assim seja: é um restaurante com um letreiro de tamanho considerável, que se vê do Chiado ao Cais do Sodré. Quem já lá foi, associa a casa a uma parente próxima da pizza, a flammekueche, uma receita típica da Alsácia que esta tomou como especialidade quando abriu, em 2010. Mas de há um mês a esta parte também se pode associar o nome Storik a outro tipo de oferta gastronómica: as tapas.

“Primeiro pensámos em abrir outro espaço, mais pequeno, em que pudéssemos ter petiscos para o fim do dia, um bocado naquela dinâmica das tabernas bascas”. Nuno Ferreira, responsável pelo novo Storik Tapas — bem como pelo Storik original — explica assim como nasceu a ideia de apostar num conceito tão diferente do da casa-mãe.

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Bancos altos, pipas que são mesas e um balcão onde se exibem as tábuas e tachos.
Bem-vindo ao Storik Tapas. (foto: © Tiago Pais / Observador)

A ideia de expandir a marca para outro local da cidade caiu por terra e Storik Tapas acabou por abrir na porta imediatamente ao lado do primeiro restaurante. Na verdade, trata-se quase de uma extensão deste, com ligação interior. Mas ambos funcionam “de forma totalmente independente”, garante o responsável.

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Apesar de o sócio de Nuno ser espanhol e de a inspiração para o conceito ser basca, a cozinha baseia-se em receitas com produtos portugueses, de autoria do chef Pedro Sommer. Assim, no balcão do piso superior, vão sendo exibidos os famosos pintxos, aqui sob a forma de tabuinhas (1,5€), tabuadas (3,5€), tachinhos (5€) ou tachos (7€), com receitas tão diferentes como atum de escabeche, estupeta de bacalhau, camarões panados em amêndoa, pataniscas de farinheira ou massada de peixe.

Os clientes podem ir retirando as tábuas e pedindo os tachos, ou respetivos diminutivos. No caso das primeiras, a contagem final do que foi consumido faz-se pelos palitos colocados nos copos que cada mesa tem para o efeito. Mesmo à espanhola, portanto.

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No piso inferior do Storik Tapas não há balcão, mas os empregados levam uma amostra das tapas disponíveis para os clientes escolherem. (foto: © Tiago Pais / Observador)

A carta é complementada com tábuas de queijos e enchidos (destaque, neste campeonato, para a parceria com o produtor Joaquim Arnaud) e por aquilo a que chamam “chichinha da boa” — cinco sugestões de carne que incluem um costoletão basco (txuletón) de meio quilo (35€) e um prego do lombo (9,5€).

Não menos importante é a associação do restaurante aos vinhos de João Portugal Ramos. “Achámos que fazia todo o sentido para um conceito deste género, então criámos aqui uma espécie de embaixada da marca”. Assim, não só todos os vinhos, seja qual for a região, têm o selo JPR, como o próprio material de decoração, das pipas às caixas, veio do portfólio do enólogo. Mas a associação não se fica por aí: o primeiro jantar vínico do Storik Tapas, dedicado aos vinhos Pouca Roupa, acontece já esta quarta-feira, dia 29. E será o primeiro de muitos.

Nome: Storik Tapas
Morada: Rua do Alecrim, 30B (Chiado), Lisboa
Telefone: 21 604 0375 / 96 619 8117
Horário: De terça a quinta das 12h às 15h e das 18h às 23h30. Sexta das 12h às 16h e das 18h à 00h30. Sábado das 13h à 00h30 e domingo das 13h às 23h.
Preço Médio: 15€
Reservas: Aceitam