Os 13 finalistas do Man Booker Prize, um dos prémios literários de maior prestígio do mundo, foram divulgados esta quarta-feira. Os norte-americanos, que até 2013 não podiam concorrer, dominam a lista.

A escolha desde ano inclui cinco norte-americanos e três britânicos. A já galardoada Anne Enright, que venceu em 2007 com The Gathering, é novamente candidata.

Nas estreias, destaque para Marlon James, que atualmente vive nos Estados Unidos, e que é o primeiro autor jamaicano a ser nomeado para o prémio, criado em 1968. Bill Clegg, um agente literário americano, chamou a atenção com o livro de estreia, Did You Ever Have a Family.

Lista completa de candidatos ao Man Booker Prize 2015:

Bill Clegg (EUA) – Did You Ever Have a Family
Anne Enright (Irlanda) – The Green Road
Marlon James (Jamaica) – A Brief History of Seven Killings
Laila Lalami (EUA) – The Moor’s Account
Tom McCarthy (Reino Unido) – Satin Island
Chigozie Obioma (Nigéria) – The Fishermen
Andrew O’Hagan (Reino Unido) – The Illuminations
Marilynne Robinson (EUA) – Lila
Anuradha Roy (Índia) – Sleeping on Jupiter
Sunjeev Sahota (Reino Unido) – The Year of the Runaways
Anna Smaill (Nova Zelândia) – The Chimes
Anne Tyler (EUA) – A Spool of Blue Thread
Hanya Yanagihara (EUA) – A Little Life

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No ano passado, o vencedor do Man Booker Prize foi o australiano Richard Flanagan, com o livro A Senda Estreita Para o Norte Profundo (publicado em Portugal pela Relógio D’Água).

Australian author Richard Flanagan poses for pictures after winning the 2014 Man Booker Prize for his book "The Narrow Road to the Deep North" in Central London on October 14, 2014. AFP PHOTO/BEN STANSALL        (Photo credit should read BEN STANSALL/AFP/Getty Images)

O romance sobre um cirurgião no tempo da II Guerra Mundial valeu a Richard Flanagan o Man Booker Prize, em 2014. ©Ben Stansall / AFP/Getty Images

O Booker Prize foi criado em 1968 e durante mais de quatro décadas premiou anualmente o melhor romance escrito em língua inglesa. Mas com algumas restrições. Os escritores a concurso tinham de ter nacionalidade britânica, irlandesa ou ser originários do Zimbabwe ou de um dos estados-membros da Commonwealth.

Mas em 2014 tudo mudou. Pela primeira vez, este passou a estar disponível a qualquer escritor que escreva em inglês e tenha publicado a sua obra no Reino Unido. Isto significa que se encontra finalmente acessível a autores norte-americanos. O objetivo é, nas palavras dos próprios organizadores, “reconhecer, celebrar e abraçar” todos os autores de língua inglesa independentemente do seu país de origem, “desde Chicago” até “Xangai”.

Para além do prestígio, o vencedor leva para casa 50 mil libras, cerca de 70 mil euros, à taxa de conversão atual.