O Juntos Pelo Povo (JPP), movimento de cidadãos que surgiu na Madeira e se tornou partido no início deste ano, vai concorrer pela primeira vez a eleições legislativas nacionais, apostando em 14 círculos e na eleição de um deputado.

“Estamos a ponderar [concorrer] entre 13 a 14 círculos a nível nacional. Além da Madeira, em Lisboa, Porto, Braga, Aveiro, Bragança, possivelmente Guarda, Castelo Branco e Viseu, o círculo da Europa e Fora da Europa, Setúbal, Viana do Castelo e Vila Real”, disse à agência Lusa o dirigente desta nova força política, Élvio Sousa.

Élvio Sousa é também deputado na Assembleia Legislativa da Madeira pelo Juntos Pelo Povo (JPP), que tem na sua génese um movimento de cidadãos criado em 2008 na freguesia de Gaula, concelho de Santa Cruz, constituiu-se em partido no início de 2015 e foi a grande surpresa das eleições madeirenses que decorreram este ano (a 29 de março) ao eleger cinco deputados na sua estreia como partido.

Nesse ato eleitoral, o JPP obteve 10,34% dos votos, conseguindo cinco deputados, tornando-se na quarta força política na região.

Ainda enquanto movimento de cidadãos, o JPP, nas últimas eleições autárquicas, derrotou a maioria que o PSD sempre manteve no concelho de Santa Cruz e agora governa o município daquele concelho vizinho do Funchal, a este.

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Élvio Sousa salienta que o objetivo do JPP nas eleições de 04 de outubro “é a expansão do partido, a difusão do movimento a nível acional e eleger um deputado”, considerando que “um bom resultado seria um representante, independentemente do círculo”.

O mesmo responsável informou que já estão confirmados os cabeças de lista pela Madeira (o historiador madeirense Nélson Veríssimo), por Lisboa (Nuno Moreira), Setúbal (Rui Mourinha), por Aveiro (Paulo Pires), Bragança (Luis Gaspar).

“Os outros serão definidos nas próximas duas semanas”, acrescentou, apontando que “alguns deles estão a aguardar a constituição geral da equipa” e que, na sua maioria, “não têm passado partidário significativo”.

De fora fica a constituição de uma lista pelos Açores, devido ao “problema da bipolarização partidária” naquele arquipélago, pois, na sua opinião, o partido “precisa de tempo e maior disponibilidade para surgir com a candidatura certa”.

Élvio Sousa adiantou que até tem surgido candidatos autoproposto “de todos os lados” e que “pelos Açores já surgiram candidaturas espontâneas”, destacando que têm existido “alguma precaução na escolha das equipas e candidatos, para ver se reúnem o perfil que se enquadre nos objetivos programáticos do movimento”.