Possivelmente a maior estrutura neolítica construída no Reino Unido. É isso que os investigadores acreditam ter encontrado mesmo ao lado de Stonehenge, em Inglaterra, em Durrington Walls, distante em cerca de três quilómetros do local onde está o famoso círculo de pedras, considerado Património Mundial da UNESCO. A descoberta, composta por cerca de 100 pedaços de rocha, algumas com cerca de 4,5 metros de altura, encontra-se quase um metro debaixo da terra.
Os detalhes foram revelados esta segunda-feira pelo Ludwig Boltzmann Institute for Archaeological Prospection, da Universidade de Bradford. O projeto, denominado Stonehenge Hidden Landscapes, concretizou a descoberta graças à utilização de um radar, que examinou a área subterrânea em torno do monumento de Stonehenge e detetou um alinhamento de pedras, em forma de “c”. Os arqueólogos, escreve a BBC, suspeitam que a estrutura foi construída há quase 4.500 anos para, sobretudo, servir como um local de veneração.
Embora não tenham sido realizados quaisquer trabalhos de escavação, mas os investigadores crêem que as pedras sejam em tudo semelhantes às que existem em Stonehenge. “Achamos que não existe algo como isto em qualquer outra parte do mundo. Servia provavelmente para um ritual de algum tipo, ou podia ser a delimitação da área de uma arena. Isto foi desenhado para impressionar”, defendeu Vince Gaffney, um dos investigadores da Universidade de Bradford. Mas isto são apenas suposições.
Arqueólogos e cientistas nunca conseguiram explicar o porquê da existência do monumento de Stonehenge, e esta descoberta poderá ajudar a compreendê-lo. “Pode ser implicações significativas no nosso conhecimento sobre Stonehenge. “Tudo o que foi escrito sobre a paisagem de Stonehenge e os antigos monumentos terá de ser rescrito”, indicou Paul Garwood, da Universidade de Birmingham, um professor de Arqueologia que também integra o projeto e que foi citado pelo Daily Telegraph.
Os detalhes e a informação da descoberta serão apresentados esta semana em Bradford, onde se realizará o Festival Britânico da Ciência. Ainda não foi revelada uma data para o início das obras de escavação.