O primeiro-ministro confirmou hoje o adiamento da venda do Novo Banco e disse que confia na “na forma como BdP está a proceder quanto à venda do Novo Banco”, confirmando as notícias avançadas esta manhã pelo Diário Económico e pelo Financial Times. Passos Coelho voltou a lembrar que qualquer perda nesta venda será suportada pelo sistema bancário português e disse que, por desejar que esse prejuízo não aconteça, compreende que o Banco de Portugal queira realizar a venda só depois de terminados os stress tests.

“Cabe ao BdP avaliar as melhores condições e oportunidade para proceder à venda do Novo Banco. É conhecido que o Estado emprestou dinheiro para fundo de resolução, esse empréstimo será devolvido ao Estado com juros, mas se houver algum resultado negativo na venda do Novo banco face ao valor da sua capitalização, esse custo terá de ser suportado pelos bancos portugueses”, sublinhou o primeiro-ministro em declarações à comunicação social.

Segundo o governante, um possível prejuízo não é desejado para a banca portuguesa e por isso, o Governo respeita a decisão do Banco de Portugal quando este “entende que a melhor oportunidade para não causar esse prejuízo é realizar a venda do banco depois dos stress tests”.

Passos Coelho disse ainda que o Governo nunca fez pressão para que o Banco seja vendido antes das eleições, “como alguns sugeriram”. “Nunca fizemos pressão, espero que agora não nos acusem de aconselhar o BdP a fazer a venda depois das eleições”, afirmou o primeiro-ministro, reconhecendo que o Novo Banco se tornou num dos temas da campanha, especialmente depois de Paulo Portas ter dito na sua entrevista à SIC que caso o PS fosse Governo, o Novo Banco teria sido nacionalizado tal como aconteceu com o BPN.

O Banco de Portugal irá prestar esclarecimentos sobre processo em comunicado pelas 17h00 de hoje.

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