O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, defendeu este sábado que o Presidente sírio, Bashar al-Assad, deve abandonar o cargo, mas não tem de ser imediatamente. As declarações de Kerry foram feitas após um encontro com o chefe da diplomacia britânica, Philip Hammond, em Londres.
“No último ano e meio dissemos que Assad tem de sair, mas quando e em que modalidade… não tem de ser no dia um ou no mês um”, disse Kerry aos jornalistas.
“Há um processo em que todas as partes têm de chegar para encontrar um entendimento sobre como isso pode ser feito”, acrescentou.
John Kerry congratulou-se com o facto de a Rússia estar a concentrar os seus esforços contra o movimento ‘jihadista’ que se autodenomina Estado Islâmico na Síria. “Congratulamo-nos com isso e estamos preparados para tentar encontrar uma forma para eliminar mais rapidamente e efetivamente” este movimento ‘jihadista’, acrescentou.
“Temos de entrar em negociação. É isso que estamos à procura e esperamos que a Rússia, Irão e outros países com influência ajudem nesta área”, disse.
“Estamos preparados para negociar. Está Assad preparado para negociar, realmente negociar? Está a Rússia preparada para trazê-lo para mesa [das negociações] e encontrar uma solução para esta violência?”, questionou.
“Até agora, Assad recusou a ter discussões sérias e a Rússia recusou em trazê-lo” para a mesa das negociações, afirmou.
Kerry defendeu que as “nações devem trabalhar juntas” para encontrar uma solução para a guerra da Síria, que teve início em 2011, algo que qualificou de “urgente”.