O desemprego no Brasil subiu para 7,6% em agosto nas seis principais áreas metropolitanas do país, e atinge 1,9 milhões de pessoas, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa registada foi a maior para um mês desde 2009 e representou um aumento de 2,6 pontos percentuais em relação a agosto de 2014 (5%). O número de pessoas desempregadas aumentou 636 mil em comparação com o mesmo mês do ano passado, ou 52%, devido a demissões e ao aumento da procura de emprego, face ao cenário de crise económica.

O desemprego no Brasil é medido pela chamada taxa de desocupação, que considera os maiores de 14 anos que estão sem emprego e ativamente à procura de trabalho.

A Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada hoje pelo IBGE, entrevista brasileiros nas regiões metropolitanas das cidades de Porto Alegre (região sul do país), Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo (as três no sudeste), Salvador e Recife (no nordeste).

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O valor do rendimento médio mensal real caiu de 2.264,62 reais (485,32 euros) em agosto de 2014 para 2.185,50 reais (468,66 euros) no mesmo mês deste ano.

Nesta semana a crise económica no Brasil foi acompanhada da desvalorização da moeda local, o real, que registou o seu valor mais baixo da história face ao dólar.

No início do dia de hoje, um dólar chegou a valer 4,25 reais, o maior valor desde 1994, quando a moeda foi brasileira criada, mas o valor oscilou e, no início da tarde, estava a 4,18 reais para cada dólar dos Estados Unidos.

Ontem, um grupo de manifestantes anti-austeridade invadiu o Ministério da Fazenda (equivalente ao Ministério das Finanças) em São Paulo.