O fabricante alemão Volkswagen vai chamar à revisão cinco milhões de veículos afetados pela manipulação do motor diesel EA 189 EU5, mas sem adiantar se fará o mesmo com os automóveis das restantes marcas, anunciou hoje a empresa.

A Volkswagen vai informar os clientes afetados de que as emissões de gases dos respetivos veículos têm de ser corrigidas, segundo a agência Efe.

No total, trata-se de 11 milhões de veículos afetados em todo o mundo, dos quais cinco milhões são da marca Volkswagen, 2,2 milhões da Audi, 1,2 milhões da Skoda, 700 mil da Seat e 1,8 milhões de veículos comerciais.

Certos modelos com alguns anos de fabrico foram equipados, exclusivamente, com o motor diesel EA 189.

Entre os modelos da marca Volkswagen incluem-se, por exemplo, o Golf de sexta geração, o Passat de sétima geração e a primeira geração do Tiguan, segundo a Volkswagen.

Já todos os veículos novos da marca Volkswagen que cumprem a normativa europeia EU6 não estão afetados, nomeadamente, os novos modelos do Golf, Passat e Tourant.

A Volkswagen e todas as suas marcas afetadas apresentarão em outubro às autoridades correspondentes as soluções e medidas técnicas para os veículos com um motor diesel EA 189 manipulado.

Todas as marcas do consórcio afetadas vão ativar páginas nacionais na internet onde os clientes poderão informar-se da situação.

A Volkswagen admitiu, na semana passada, que 11 milhões de carros a diesel em todo o mundo estão equipados com dispositivos que ativam controlos de poluição durante os testes, mas automaticamente os desligam quando o carro está em condução.

O escândalo manchou o nome da Volkswagen, deixando-a exposta a milhares de milhões de dólares em multas nos Estados Unidos, com investigações desde a Noruega até à Índia, e que desvalorizou a empresa num terço do seu valor em bolsa numa semana.

Na última sexta-feira, após uma maratona de reuniões de crise, o Conselho de Supervisão da líder de mercado mundial de automóveis designou o presidente da Porsche, Matthias Mueller, para substituir Martin Winterkorn como presidente executivo do grupo alemão.

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