É o maior projeto de engenharia civil a decorrer na Europa e está enterrado a 40 metros de profundidade. Os túneis metropolitanos de Londres estão a ser aumentados para ligar a capital inglesa ao aeroporto de Heathrow, a Reading (no oeste) e a Essex (no oeste). Os novos percursos vão ter cerca de 50 quilómetros, numa obra que dura desde 2009, tem fim previsto para 2018 e vai custar 18 mil milhões de euros.

Foram necessárias oito máquinas de escavação para criar os túneis. Têm mais de seis metros de diâmetro, todas elas coordenadas por grupos que trabalham, em turnos, durante 24 horas por dia. No total, já foram removidas 3,4 milhões de toneladas de terra, um valor que vai ainda duplicar e ser depositado numa reserva natural com 607 hectares.

A expansão dos percursos metropolitanos em Londres corresponde a 10% das linhas já existentes, contabiliza a CNN, e vai facilitar a mobilidade de 1,5 milhões de pessoas que estarão assim mais próximas do centro da cidade. Contando com o fluxo turístico destas regiões, espera-se que 200 milhões de pessoas utilizem estes percursos por ano.

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Vão existir dez estações de metro novas: duas em Paddington e as outras em Bond Street, Tottenham Court Road, Farringdon, Liverpool Street, Whitechapel, Canary Wharf, Custom House e Woolwich. Todas elas terão espaço suficiente para receber comboios com 200 metros de comprimento.

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Mas a construção das novas estações de metro lodrinas também trouxe surpresas: por baixo da estração de Liverpool Street foram descobertas 20 caveiras da época romana que podem ter origem num cemitério que existia neste local no século XVI. Alguns arqueólogos especulam que estes podem ser os corpos dos soldados que lutaram contra o Império Romano sob ordens da rainha Boadiceia em 60 d.C., conta a CNN. As caveiras vão ser analisadas pelo Museu de Arqueologia de Londres.