São 400 postos de trabalho num ano para recém-licenciados ou mestres em áreas que vão da gestão à matemática, à tecnologia, à física ou à sociologia, passando pelas engenharias civil, aeronáutica, entre outras. A Deloitte quer estar em linha com a “dinâmica de crescimento” que tem tido e inspirou-se na teoria de Darwin para avançar com uma “seleção natural de talento”. A campanha começou em outubro nas universidades e está acessível aqui.
Precisamos de pessoas que tenham outras bases, que nos tragam diversidade, que é algo muito importante do ponto de vista cultural e da integração de competências”, explicou Gonçalo Simões, partner da Deloitte e responsável pela área de recrutamento da empresa.
A campanha tem como objetivo integrar os profissionais nas duas alturas em que tipicamente os alunos acabam as formações – em março de 2016, no caso de alguns mestrados – e em setembro. Além do número alargado de jovens que procuram, a Deloitte quer focar o processo de recrutamento nas competências sociais.
“Há uma guerra de talento muito significativa e isto ajuda-nos a pensar a forma como conseguimos atrair estas pessoas”, explica Gonçalo Simões ao Observador, elogiando as competências técnicas adquiridas nas escolas portuguesas.
“Temos competências muito distintivas em tecnologia. É a nossa experiência e também aquela que advém dos profissionais portugueses que integramos em equipas internacionais”, acrescenta.
Além das novas áreas de formação, a Deloitte abre a porta aos estrangeiros que estudem ou tenham estudado em Portugal. Para breve, mais uma novidade: a subsidiária portuguesa está a estabelecer protocolos com as dos outros países para funcionar como “agente de recrutamento” de profissionais portugueses. Ou seja, para desenvolver em Portugal o recrutamento de profissionais que queiram trabalhar num escritório da Deloitte noutro país.
“Esta lógica do talento não é algo que fica aqui em Portugal. Nós competimos à escala europeia e esta lógica tem muito a ver com a própria evolução do mercado natural de talento. Temos cada vez mais portugueses a trabalhar fora, cada vez mais estrangeiros a estudar em Portugal. Há toda uma dinâmica associada à nossa necessidade de recrutamento que está alinhada com a nossa leitura daquilo que é o mercado de talento”, explicou Gonçalo Simões.
Os recém-diplomados vão preencher vagas numa das quatro áreas de atuação da empresa: consultoria, serviços financeiros, auditoria e consultoria fiscal. O objetivo é que “se adaptem à cultura” da Deloitte. E que cultura é essa? uma cultura, “acima de tudo, de rigor e de exigência”, explica Gonçalo Simões.
A par desta campanha, a Deloitte tem permanentemente aberto um processo de recrutamento para profissionais mais experientes, que, regra geral, integra entre 150 e 200 profissionais por ano.
“Não estou a fugir muito da realidade se lhe disser que 95% das pessoas que entram para a Deloitte, entram para um contrato sem termo. A nossa seleção é feita previamente e quando escolhemos as pessoas, queremos que elas trabalhem durante um longo período de tempo. São selecionadas tendo em conta um escrutínio muito natural de meritocracia”, referiu.
A Deloitte é uma consultora multinacional com mais de 210 mil profissionais, em mais de 150 países. Presta serviços de auditoria, consultoria fiscal, consultoria de negócios e de gestão, financial advisory e gestão de risco.