São as borboletas na barriga. Os suspiros no meio de um pensamento. Aquela sensação de não conseguir dormir. Às vezes, até a fome se vai. É acordar a pensar naquela pessoa, adormecer na esperança de sonhar com ela. E o abraço de uma mãe, o beijo na testa de um pai, uma gargalhada entre amigos ou um telefonema solidário no final de um dia longo de trabalho. Estamos a falar de amor, pois claro. Será preciso fazer um desenho?
Emma Block achou que sim. E por um motivo muito simples: às vezes faltam as palavras para descrever uma sensação na nossa língua, enquanto noutras é muito fácil traduzir um sentimento. É que o amor pode ser universal, mas o modo como o traduzimos – esse sim – conhece fronteiras. “More Than Just a Word” saiu das mãos desta britânica que “gosta de lojas de caridade, chá e lápis muito afiados” e que se deixa inspirar pelas pessoas com que se cruza todos os dias, pelas fotografias velhas e pela arte dos anos cinquenta.
Desta vez, calhou ser o amor. Desenhou e traduziu para inglês algumas expressões estrangeiras que remetem para sensações que às vezes não sabemos explicar e que noutros países se resumem a uma simples palavra. A língua portuguesa está na lista com “cafuné” e “cheiro do cangote”, que embora vindas do outro lado do Atlântico todos os portugueses conhecem. “Saudade”, essa palavra intraduzível, contudo, fica de fora.
Entre na fotogaleria e aprenda a dizer o que é o amor em várias línguas.