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Partido de Erdoğan com maioria absoluta: Os turcos votaram pela “unidade e integridade”

Este artigo tem mais de 5 anos

O Partido da Justiça e Desenvolvimento de Erdoğan recuperou o controlo do Parlamento. “O nosso povo mostrou que prefere ação e desenvolvimento à controvérsia". disse o presidente Recep Tayyip Erdogan.

Entre 2003 e 2014, o AKP governou com maioria absoluta
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Entre 2003 e 2014, o AKP governou com maioria absoluta

©Gokhan Tan / Getty Images

Entre 2003 e 2014, o AKP governou com maioria absoluta

©Gokhan Tan / Getty Images

(Artigo atualizado às 07h30)

Os turcos votaram pela “unidade e integridade” nas eleições de domingo, disse o presidente Recep Tayyip Erdogan, após o seu Partido da Justiça e Desenvolvimento ter alcançado a maioria parlamentar.

“O nosso povo mostrou de uma forma muito clara na eleição de domingo que prefere ação e desenvolvimento à controvérsia”, afirmou, em comunicado.

Os eleitores “têm dado provas do seu forte desejo para a unidade e a integridade” na Turquia, adiantou.

O Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), do Presidente turco Recep Tayyp Erdoğan, conseguiu a maioria absoluta nas eleições parlamentares. Com 95% dos votos já contados, o primeiro-ministro Ahmet Davutoğlu é reconduzido no cargo, recuperando a maioria que tinha perdido há cinco meses.

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O Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), liderado por Erdogan venceu as eleições legislativas deste domingo na Turquia e garantiu a maioria absoluta no Parlamento, obtendo 315 dos 550 deputados, com 49,4% dos votos.

Segundo os dados oficiais, o Partido Republicano do Povo (CHP, social-democrata) ficou em segundo lugar, com 24,5% dos votos, seguido pelo Partido da Ação Nacionalista (MHP, direita), com cerca de 12%, ambos muito abaixo do que obtiveram nas eleições de 07 de junho.

Já o Partido Democrático dos Povos (HDP, pró-curdo) conseguiu, à justa, eleger deputados, ao obter 10,4% dos votos, mais quatro pontos percentuais que o mínimo necessário para chegar à assembleia nacional.

No Twitter, o primeiro-ministro turco Ahmet Davutoğlu também reagiu escrevendo apenas “Elhamdülillah…” (Graças a Deus, em português).

Ahmet Davutoğlu celebrou a vitória expressiva nas urnas afirmando que “a vitória de hoje é a vitória da nossa democracia e do nosso povo. Vamos servir [o povo turco] nos próximos quatro anos e vamos estar aqui, outra vez, [daqui a quatro anos], em 2019”, afirmou Davutoğlu num pequeno discurso perante uma multidão de apoiantes. Espera-se que o primeiro-ministro turco faça mais tarde uma intervenção a partir do quartel-general do partido, em Ancara, escreve o Guardian.

16 partidos inscreveram-se nestas eleições paramentares. Para entrar no parlamento, é necessário ter no mínimo 10% de votos. De acordo o jornal Guardian, quando começaram a ser conhecidos os primeiros resultados desta tarde eleitoral, os apoiantes do AKP juntaram-se na sede do partido, em Ancara, para celebrar a vitória e começaram a entoar cânticos anti-israelitas.

Imagens captadas pela jornal britânico Guardian

AKP recupera a maioria absoluta, mas falha a “supermaioria”

Em agosto do ano passado, Erdoğan foi eleito presidente à primeira volta. O homem que governou a Turquia com maioria absoluta entre 2003 e 2014 nunca escondeu a ambição de transformar o atual sistema parlamentar num regime presidencial, e assim alterar o sistema político imposto em 1923 por Mustafa Kemal Ataturk, o fundador da Turquia republicana. E era também isso que estava em jogo nestas eleições: se o AKP conquistasse 330 dos 550 assentos parlamentares, tinha força para convocar um referendo que alterasse a Constituição. Embora não se conheçam, ainda, os resultados oficiais, já é possível dizer que esse objetivo não foi alcançado. 

Mesmo num clima de alguma tensão, a votação decorreu sem incidentes de maior, ainda que no sudeste do país tenham sido detidas várias pessoas, incluindo um funcionário de votação, por suspeitas de irregularidades no ato eleitoral, avança a agência noticiosa turca Anadolu. As autoridades acusam-nas de “tentarem suprimir a vontade dos eleitores”.

Na província de Batman, no sudeste da Turquia e onde a maioria dos habitantes é curda, houve tensão com os apoiantes do Partido Democrático do Povo, que se recusaram a obedecer às ordens da polícia e abandonar o local de voto. De acordo com as autoridades, o grupo estaria a fazer “pressão psicológica” aos votantes.

Em Diyarbakir, cidade conhecida como a capital turca do Curdistão, as medidas de segurança foram muito apertadas durante todo o domingo. De acordo com a Anadolu, cinco pessoas foram detidas pelo mesmo motivo: tentativa de suprimir a vontade dos eleitores.

O pior aconteceria a seguir. Logo depois de se saberem os primeiros resultados, que apontavam a vitória de Erdogan com maioria absoluta registaram-se confrontos entre a polícia e jovens manifestantes curdos. A polícia disparou granadas de gás lacrimogéneo e canhões de água para dispersar os manifestantes, que se tinham concentrado na sede regional do HDP naquela cidade, iniciando pequenos incêndios e montando barricadas.

4 fotos

Nas eleições parlamentares de junho, o AKP, de que Erdoğan já não é membro por ser presidente da Turquia, obteve 40,9% dos votos (258 dos 550 deputados). Apesar da vantagem para o segundo, o Partido do Povo Republicano, com 26%), e o terceiro classificado, Partido do Movimento Nacionalista com 16,3%), Ahmet Davutoğlu, o candidato do AKP a primeiro-ministro, não conseguiu chegar à maioria absoluta e, depois de meses de diálogo com os outros partidos, levantou-se da mesa de negociações sem uma coligação. Erdoğan convocou então novas eleições.

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