Os inspetores da Autoridade Tributária (AT), que estão a ajudar o Departamento Central de Investigação e Açao Penal (DCIAP) nas investigações relacionadas com a Operação Marquês, descobriram que a contabilidade das empresas de Carlos Santos Silva, o amigo de José Sócrates, foram alteradas antes e já depois dos arguidos terem sido detidos, em novembro do ano passado, conta o Sol.
Conta o mesmo jornal que estes novos lançamentos contabilísticos são referentes a um período anterior e que há suspeitas de que as contas do empresário Santos Silva tenham sido utilizadas para a prática de fraude fiscal e branqueamento de capitais.
Nos últimos dias foram feitas buscas à sedes dessas empresas, quer por inspetores da AT, quer pela PSP, para apurar as razões das modificações efetuadas e perceber se há ligações aos restantes arguidos da Operação Marquês, de onde se destaca o ex-primeiro ministro, José Sócrates.
Um dos objetivos das buscas passa por perceber se estas empresas, quen podem estar associadas a crimes de fraude fiscal, lavagem de dinheiro e corrupção, foram usadas para obter vantagens fiscais e para fazer pagamentos a terceiros.
Também José Sócrates já depois de ter sido preso poderá ter continuado a colaborar com o esquema de branqueamento de capitais, que terá permitido à ex-mulher, Sofia Fava, pagar a prestação do empréstimo do monte no Alentejo, superior a 4.000 euros.