A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) saúda o acordo de Paris sobre o clima, que qualifica de “passo crítico em frente” para responder às alterações climáticas. Mas Christine Lagarde deixa um aviso aos políticos.

“Os governos devem agora transformar as palavras em ações, em particular pela implementação de políticas que promovam um progresso efetivo nas promessas de mitigação que fizeram”.

E para Lagarde essas ações traduzem-se numa mensagem chave: impor o preço correto ao carbono (através de taxas) e fazê-lo já. Taxar as emissões de combustíveis fósseis (o CO2) é a melhor forma de criar os necessários incentivos aos investimentos de baixo carbono. Esta política, acrescenta, também “permite obter receitas para proteger os mais pobres, reduzir a dívida e aliviar o fardo de outros impostos sobre as famílias e empresas”.

O discurso da responsável do Fundo vai de encontro às principais críticas que estão a ser feitas ao acordo alcançado por 195 países no sábado para limitar o aumento da temperatura abaixo dos 2 graus e que os político qualificaram de “histórico”. É que por trás da retórica dos discursos e dos compromissos, o acordo de Paris não tem afinal metas vinculativas para a redução das emissões de CO2 e remete a concretização dos objetivos anunciados para a iniciativa individual de cada país.

Christine Lagarde acrescenta que o FMI está interessado em dialogar sobre a tarificação do carbono e a ajudar os governos a pôr em prática esta política vital.

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