Nem todos são a Rosa Mota ou o Carlos Lopes. Mas todos, hoje mais do que nunca, correm. Você vê-os à beirinha da estrada a correr, a suar as estopinhas, faça chuva ou faça sol. E correr faz bem – e diz-se até que emagrece e tudo. Mas há um problema. E quem corre, sabe que o há.
Não, não são (só) as pubalgias, lombalgias e demais “-gias” que a corrida traz (e demora a levar) volta e meia. O problema é outro: é o quão dispendiosas são as sapatilhas para correr. Christian Freschi não desenvolveu umas sapatilhas mais baratas — cada par custa a “módica” quantia de 359 euros. Nem propriamente mais leves: pesam 380 gramas, mais coisa menos coisa.
![Enko Running Shoes 1](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:560/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2015/12/enko-running-shoes-1-1.jpg)
Créditos: Enko Running Shoes
Mas as sapatilhas Enko, desenvolvidas por este engenheiro aeronáutico francês de 61 anos, mais do que baratas ou leves, evitam lesões (é pelo menos o que apregoa a Enko) e permitem que o corredor utilize o seu próprio peso e movimento para impulsionar a marcha, tornando-a mais eficaz e menos cansativa. Porquê?
Porque as Enko têm um sistema de molas incorporado na sola, que “absorvem o impacto do apoio do pé e devolvem a energia acumulado aí”. Quem o explica é o próprio Freschi. E acrescenta: “A corrida gera lesões, traumatismos. Os atletas profissionais conseguem debelá-las. Nós não. A mim foi-me dito que não poderia voltar a correr. E foi-me dito por médicos. O mesmo acontece com corredores com excesso de peso e, por isso, mais propensos a lesões. Estas sapatilhas, construídas como estão, vão facilitar-lhes a corrida, diminuir o desgaste e evitar lesões.”
Não sabemos se sim ou se não, até porque não as experimentámos, mas sabemos que a marca, criada em meados de 2008, prevê vender no próximo perto de mil pares destas sapatilhas. Por enquanto a venda só poderá ser feita através do site da marca francesa.