Nem todos são a Rosa Mota ou o Carlos Lopes. Mas todos, hoje mais do que nunca, correm. Você vê-os à beirinha da estrada a correr, a suar as estopinhas, faça chuva ou faça sol. E correr faz bem – e diz-se até que emagrece e tudo. Mas há um problema. E quem corre, sabe que o há.
Não, não são (só) as pubalgias, lombalgias e demais “-gias” que a corrida traz (e demora a levar) volta e meia. O problema é outro: é o quão dispendiosas são as sapatilhas para correr. Christian Freschi não desenvolveu umas sapatilhas mais baratas — cada par custa a “módica” quantia de 359 euros. Nem propriamente mais leves: pesam 380 gramas, mais coisa menos coisa.
Mas as sapatilhas Enko, desenvolvidas por este engenheiro aeronáutico francês de 61 anos, mais do que baratas ou leves, evitam lesões (é pelo menos o que apregoa a Enko) e permitem que o corredor utilize o seu próprio peso e movimento para impulsionar a marcha, tornando-a mais eficaz e menos cansativa. Porquê?
Porque as Enko têm um sistema de molas incorporado na sola, que “absorvem o impacto do apoio do pé e devolvem a energia acumulado aí”. Quem o explica é o próprio Freschi. E acrescenta: “A corrida gera lesões, traumatismos. Os atletas profissionais conseguem debelá-las. Nós não. A mim foi-me dito que não poderia voltar a correr. E foi-me dito por médicos. O mesmo acontece com corredores com excesso de peso e, por isso, mais propensos a lesões. Estas sapatilhas, construídas como estão, vão facilitar-lhes a corrida, diminuir o desgaste e evitar lesões.”
Não sabemos se sim ou se não, até porque não as experimentámos, mas sabemos que a marca, criada em meados de 2008, prevê vender no próximo perto de mil pares destas sapatilhas. Por enquanto a venda só poderá ser feita através do site da marca francesa.