A chanceler alemã Angela Merkel mostrou-se favorável a um endurecimento das regras de expulsão de refugiados condenados na Alemanha, incluindo as penas suspensa, posição tomada depois das agressões de Colónia na noite da passagem de ano. Dos 31 sujeitos identificados, 18 são refugiados — mas nenhum destes é suspeito de agressões sexuais.
Merkel defendeu que no caso de os refugiados cometerem um delito, deve haver “consequências”. “Isso significa que o direito [a permanecerem na Alemanha] deve ser travado se existe uma pena de prisão ou até mesmo uma pena suspensa”, afirmou, citada pela AFP, durante uma conferência de imprensa após uma reunião da liderança do partido em Mainz (sudoeste).
O Ministério do Interior alemão anunciou sexta-feira que identificou 31 suspeitos que estão a ser investigados pela onda de agressões e roubos verificada na cidade de Colónia, 18 dos quais são requerentes de asilo.
Na sexta-feira, a polícia estadual de Colónia confirmou terem sido feitas 121 queixas de agressão, baseadas em relatos de alegados raptos e atos de agressão sexual, no que foi aparentemente uma vaga de ataques coordenados numa grande multidão que se juntou na rua para celebrar a chegada do novo ano, a 31 de dezembro.
As vítimas dos ataques apontaram homens “de aparência árabe ou do norte de África” como os autores, dando origem a um debate aceso sobre a capacidade de a Alemanha integrar os quase 1,1 milhões de refugiados que procuraram o país em busca de asilo no último ano.
A polícia registou mais de 120 queixas apresentadas por mulheres sobre assaltos, abusos sexuais e duas violações, alegadamente cometidos por grupos de homens jovens que se encontravam entre a multidão que comemorava a passagem de ano perto da principal estação de comboios da cidade.
Várias testemunhas relataram que grupos de 20 a 30 jovens adultos “que pareciam ser de origem árabe” cercaram e agrediram as vítimas.