Portugal tem cinco casos confirmados de vírus zika e está em análise um caso provável, confirmou ao Observador o diretor-geral de Saúde, Francisco George. Todos os casos são importados, ou seja, dizem respeito a pessoas que, antes de apresentarem os sintomas, tiveram em países onde o surto da infeção está ativo.

Os cinco casos confirmados são de pessoas que regressaram do Brasil e o caso provável é de uma pessoa que voltou da Colômbia, como informou o diretor-geral de Saúde. São já 21 os países do continente americano com casos autóctones (não importados). A estes juntam-se casos importados nos Estados Unidos e na Europa.

Os quatro primeiros casos, que já tinham sido notificados pela Direção-Geral de Saúde a 15 de janeiro, evoluíram favoravelmente.

O vírus é transmitido pela picada de mosquitos Aedes aegypti infetados e pode estar associado a complicações neurológicas e malformações em fetos. Por isso as principais recomendações são que as pessoas se protejam contra a picada dos mosquitos.

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Em Portugal, é o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), que faz o diagnóstico de doença por vírus zika, mas nem todas as pessoas infetadas apresentam sintomas – os dados referem que apenas 20 a 25% dos doentes apresentam sinais da doença.

Segundo a Direção Geral da Saúde (DGS), “os sintomas e sinais clínicos da doença são, em regra, ligeiros: febre, erupções cutâneas, dores nas articulações, conjuntivite, dores de cabeça e musculares”. “Com menor frequência, podem ainda ocorrer dores nos olhos e sintomas gastrointestinais. Há suspeitas (ainda não inteiramente comprovadas) de que a doença possa provocar alterações fetais durante a gravidez, em particular microcefalia.”

Atualizado às 12h20