A Agência Internacional de Energia Atómica anunciou este sábado a realização de uma reunião de peritos a 22 e 23 de fevereiro no Brasil para analisar a possibilidade de tecnologias nucleares serem usadas no controlo do mosquito que transmite o zika.

O anúncio foi feito pelo diretor daquele organismo, Yukiya Amano, no final de uma visita ao México, em declarações à agência Efe em que defendeu a necessidade de atuar “rapidamente” para conter a expansão do vírus zika na América Latina.

“Este é um assunto muito complicado, mas a ideia é simples”, afirmou, explicando que a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) possui uma tecnologia chamada “Técnica do Inseto Estéril” (SIT, na sigla em inglês) e que “a ideia é aplicar radiação a mosquitos machos e libertá-los na atmosfera”. Como os animais ficam estéreis, não se reproduzem.

“Isto é [fazer] controlo de natalidade de insetos. Se continuarmos o processo, a população de mosquitos reduz-se. Devo dizer que esta não é uma tecnologia amadurecida. Por isso, estamos a considerar usar a SIT em conjunto com outras técnicas, como a aplicação de inseticidas”, afirmou.

O zika foi até agora detetado em 23 países americanos e existe a suspeita de estar relacionado com malformações graves em recém nascidos, como a microcefalia.

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