Os chefes de governo de Itália e Espanha lamentaram este sábado a perda do escritor e semiólogo italiano Umberto Eco, que morreu aos 84 anos na sexta-feira à noite.
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, transmitiu os pêsames à família do escritor de “O Nome da Rosa”, destacando a sua “inteligência única”, capaz de “antecipar o futuro”. “Foi um exemplo extraordinário de intelectual europeu, aliava uma inteligência única com uma incansável capacidade de antecipar o futuro”, destacou Renzi, segundo os meios de comunicação locais. “É uma perda enorme para a cultura, que fica privada da sua escrita e da sua voz, do seu pensamento agudo e vivo, da sua humanidade”, acrescentou.
Já Mariano Rajoy, chefe do governo espanhol, considera que “a sua obra permanecerá na memória”. “Os meus sentidos pêsames à família e amigos de Umberto Eco. A sua obra permanecerá na nossa memória. Descanse em paz”, escreveu o presidente do governo em funções, numa mensagem publicada na rede social Twitter.
Mi sentido pésame a la familia y amigos de Umberto Eco. Su obra permanecerá en nuestra memoria, descanse en paz. MR
— Mariano Rajoy Brey (@marianorajoy) February 20, 2016
Também o escritor Roberto Saviano publicou numa rede social uma mensagem de despedida simples, na qual citou as últimas palavras do romance que foi transportado para o cinema pelo diretor Jean-Jacques Annaud. “Nomina nuda tenemos. Adeus professor”, escreveu.
Nomina nuda tenemus. Addio, Professore
— Roberto Saviano (@robertosaviano) February 20, 2016
A frase inteira com a qual se conclui o romance é “stat rosa pristina nomine, nomina nuda tenemos”, uma expressão em latim que, na essência, explica a ideia de que no final só fica o nome das coisas.