Diário Mínimo, 1963
Um livro que reúne crónicas publicadas por Umberto Eco em publicações como a Verri, Ill Café, L’Espresso ou Pirelli. Quase sempre em tom crítico ou satírico, o autor aponta o dedo aos exageros da intelectualidade e do academismo exagerado, fazendo também múltiplas referências à cultura de massas.
Apocalípticos e Integrados, 1964
Um conjunto de ensaios que analisa os efeitos da cultura de massas sobre a comunicação e os respetivos conteúdos. Expõe de um lado os defensores de uma tradição cultural mais exigente e elitista, do outro os que assimilam a massificação da informação como uma inevitabilidade que convém reter. A expressão tornou-se um cânone nas ciências sociais.
Como se faz uma tese em ciências humanas, 1980
Um dos títulos habituais nos currículos de muitos cursos de ciências sociais. Um manual académico para o investigador que quer saber os métodos e as regras para chegar ao produto final desejado.
O Nome da Rosa, 1980
O título mais popular de toda a bibliografia de Umberto Eco (e o seu primeiro romance), também graças à adaptação ao cinema realizada por Jean-Jacques Annaud, com Sean Connery como protagonista (filme que neste 2016 cumpre 30 anos, em setembro). Conta a história de um monge franciscano – William of Baskerville – e do seu aprendiz – Adso – que procuram desvendar a causa de uma morte misteriosa. A investigação revela-se uma labiríntica viagem através da biblioteca e dos escritos do mosteiro, entre pistas encontradas na semiótica dos escritos religiosos, na lógica, pelo meio de questões de fé, da Inquisição e da Igreja Católica.
O Pêndulo de Foucault, 1988
O ponto de partida está no trio que decide regressar aos enigmas que rodeiam Ordem dos Templários e o eterno mistério do Santo Graal. Mas o fabrico de uma conspiração leva o grupo de escribas a confrontar uma verdadeira organização secreta. A história relaciona o pêndulo criado pelo físico francês Léon Foucault – uma ferramenta que pretendia comprovar o princípio da rotação da terra – com algumas das leis que regem a Cabalah.
Baudolino, 2000
Um conto quase fantástico sobre o corajoso mas nem sempre consciente Baudolino, que se aventura por Constantinopla no início do século XIII, vindo de Alexandria, sem saber o caos que o aguarda, em plena quarta cruzada. Uma viagem à história da geografia europeia medieval e mais uma incursão pelos factos que geraram o catolicismo e as decisões políticas que influenciaram a religião.
Cemitério de Praga, 2010
Templários, Iluminatti, Jacobinos e outras figuras do género. Mas também há Garibaldi, sicilianos, napolitanos e uma Itália em revolução. Simon Simonini é a personagem central de todo o enredo. O leitor segue o conto histórico como se de um diário se tratasse, escrito pelo herói, a única personagem fictícia num livro que atravessa as maiores revoluções do século XIX europeu. Foi considerado por muitos como um dos melhores títulos de Umberto Eco.
História da Terra e dos Lugares Lendários, 2013
O fascínio sobre locais que pertencem à fantasia ou então que passaram pela história sem que tivessem deixado grandes testemunhas. Da Atlântida à morada dos sete anões, este é um compêndio feito de imaginação mas também de possibilidades.
Número Zero, 2015
O último romance de Umberto Eco, publicado no início do ano passado. O cenário é o de um jornal, que a partir de pequenos pedaços de verdades soltas constrói histórias, notícias e conspirações falsas mas que pretendem convencer os leitores do contrário. Tudo acontece entre o final da Segunda Guerra Mundial e os anos 70 do século passado. Tudo para que a personagem principal possa chantagear o empresário que o ajudou a criar o jornal.
[Veja na fotogaleria acima as capas destes livros]