A associação dos familiares das vítimas do voo da Germanwings pediu “as necessárias mudanças legais” após o relatório final do acidente ter provado que o sistema de controlo dos pilotos “falhou enormemente” neste caso.

Em comunicado, a associação, composta maioritariamente por familiares das vítimas espanholas, acredita que o relatório prova “que o sistema que até agora estava em funcionamento falhou enormemente”.

O comunicado surge após a divulgação do relatório ao acidente do avião que se despenhou a 24 de março de 2015 no sul dos Alpes franceses e provocou 150 mortos.

No relatório, divulgado este domingo numa conferência de imprensa em Bourget, perto de Paris, os especialistas aeronáuticos franceses defendem um reforço do controlo médico dos pilotos e confirmam definitivamente que o ‘crash’ do avião foi provocado voluntariamente pelo co-piloto alemão do aparelho, Andreas Lubitz, que sofria de problemas psíquicos.

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“As instituições públicas e privadas têm a obrigação de garantir a segurança de todos nós e, neste caso, as provas evidenciam que isso não aconteceu”, refere a associação, nascido em julho do ano passado.

No comunicado, a associação apela às instituições públicas para que façam as alterações legislativas necessárias no sentido de salvaguardar a segurança e que “sejam tomadas as medidas necessárias” para que as empresas cumpram “a obrigação de dispor de mecanismos eficientes de controlo dos seus funcionários”.

No relatório final sobre a catástrofe da Germanwings, a aviação civil francesa pediu também “regras claras” para levantar segredo médico em caso de problemas psicológicos de um piloto.

O avião fazia a ligação entre Barcelona e Dusseldorf quando se despenhou nos Alpes franceses, a 24 de março de 2015.