Os destroços de uma avião encontrados em Moçambique são “quase certamente do MH370”, disse esta quinta-feira o ministro dos Transportes da Austrália, após análises aos fragmentos feitas por especialistas que investigam o desaparecimento do voo da Malaysia Airlines.
“As análises concluíram que os destroços são quase certamente do MH370”, disse Darren Chester, em comunicado, acrescentando que a equipa de investigação ao voo da Malaysia Airlines concluiu que os fragmentos correspondem a painéis de um Boeing 777 da companhia malaia.
“Que tais destroços tenham sido encontrados na costa leste de África é consistente com os modelos de correntes elaborados pelo CSIRO [órgão nacional de ciência] e reforça os nossos trabalhos de busca no sul do Oceano Índico”, afirmou.
A Austrália está a liderar as buscas pelo MH370 no Oceano Índico, para onde se acredita que o voo Kuala Lumpur-Pequim se tenha desviado quando desapareceu, a 08 de março de 2014, com 239 passageiros e tripulação a bordo.
As buscas devem terminar entre junho e julho se o avião não for encontrado na zona em questão, com uma área de 120 mil quilómetros quadrados.
“A busca pelo MH370 continua”, assegurou Chester.
“Há 25 mil quilómetros quadrados de área subaquática que ainda têm de ser investigados. Estamos focados em terminar esta tarefa e estamos otimistas que o avião será encontrado”, acrescentou.
Até agora ainda não se descobriu onde o avião caiu e apenas parte de uma asa do Boeing 777 foi recuperada de uma praia no Oceano Índico, na Ilha da Reunião, tendo sido definitivamente ligada ao MH370.
Especialistas, incluindo da Austrália e da Boeing, têm examinado, juntamente com uma equipa malaia, os dois pedaços encontrados no início do mês em Moçambique.