O diretor de Antiguidades e Museus da Síria, Maamun Abdelkarim, anunciou que as ruínas de Palmira, um dos principais monumentos arqueológicos do Médio Oriente, sofreram apenas danos recuperáveis, dado que não houve combates no interior.
De acordo com a agência de notícias espanhola Efe, estas ruínas greco-romanas — um dos seis locais sírios da lista do Património da Humanidade da Unesco — sofreram alguns danos desde que o grupo extremista Estado Islâmico (EI), no ano passado, passou a controlar a zona, tendo dinamitado três torres funerárias do século I, o templo de Bel, de Bal Shamin e o arco do triunfo.
Situada num oásis, Palmira foi no passado um dos centros culturais mais importantes do mundo antigo e um ponto de encontro das caravanas que percorriam a Rota da Seda, que atravessa o árido deserto do centro da Síria.
Nos últimos meses, as ruínas de Palmira converteram-se no cenário da barbárie praticada pelos extremistas do EI (também conhecido por Daesh), que as usaram como local de assassínio dos seus prisioneiros, como fizeram em julho, quando 25 soldados sírios foram executados a tiro por menores recrutados por estes radicais.
Antes do início do conflito na Síria, em março de 2011, as ruínas eram uma das principais atrações turísticas deste país árabe e também da região.