O Presidente da República vai dar o ok ao Orçamento esta segunda-feira. E para explicar as razões da promulgação do documento falará ao país às 17 horas, confirmou o Observador

Com a promulgação de Marcelo Rebelo de Sousa, o Orçamento pode assim entrar em vigor no dia 1 de abril, tal como era objetivo do Governo de António Costa.

A notícia foi avançada este domingo à noite por Marques Mendes, no comentário habitual na SIC. Disse o comentador que, segundo as informações que lhe chegam, o Presidente da República promulga o Orçamento do Estado “já amanhã”, ou seja, esta segunda-feira, dia 28. O comentador habitual da estação de Carnaxide acrescentou que Marcelo Rebelo de Sousa fará uma comunicação ao país para explicar as razões da decisão, “que é mais uma inovação na prática presidencial”, elogiou Marques Mendes.

Fonte oficial da Presidência da República já confirmou esta informação. Durante as últimas semanas, o Chefe de Estado fez saber que falaria ao país quando promulgasse o documento. Sabe-se agora que será esta segunda-feira às 17 horas. Chegou a ser avançado que seria à hora de jantar, mas a hora da declaração só ficou fechada esta manhã. Normalmente, Cavaco Silva falava às 20h, em direto para os telejornais. Marcelo inova também na hora da comunicação ao país.

Marcelo precisou apenas de três dias para fazer a avaliação final do documento e com dois feriados pelo meio: Sexta-feira Santa e Páscoa. O Presidente tinha recebido a versão final do Orçamento do Estado para este ano na quinta-feira, depois de a Comissão de Orçamento e Finanças ter aprovado a redação final na quarta-feira à tarde.

Ora para Marcelo, acabou por ser tempo mais do que suficiente. Este sábado, o Presidente contou que a a sua decisão estaria para breve. Durante uma visita ao Estabelecimento Prisional de Tires, em Lisboa, por ocasião da época pascal, Marcelo adiantava: “Já lá vão três dias de apreciação do Orçamento e, portanto, estou muito próximo de divulgar a posição final”.

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Par ao Presidente, o “importante para os portugueses [é] que haja Orçamento. Portanto, não se deve diferir aquilo que deve ser feito mais cedo”, destacava o Presidente.

Os três dias são os tempos oficiais, mas a verdade é que o Presidente acompanhou desde início o processo orçamental. Ainda apenas como Presidente eleito, Marcelo estava a par de todas as movimentações das negociações do Orçamento, em conversas telefónicas com o primeiro-ministro, mas também em reuniões que manteve com António Costa.

Nota: Este artigo foi atualizado às 13h40 com informação sobre a hora da comunicação ao país.