As primeiras imagens, não oficiais, provam o que já se esperava: o antigo Panamera, de linhas pouco apaixonantes, será substituído daqui a dois dias por uma segunda geração substancialmente mais agradável à vista. E ao prazer de condução, pois até as versões mais acessíveis vão ser mais leves e mais potentes.

Na generalidade, o novo Panamera faz lembrar o primeiro, mas é nos pormenores que está o diabo. E, neste caso, a diferença entre um modelo banal e outro que faz virar as cabeças. Recorre a uma nova plataforma que o torna substancialmente mais leve, o que muito beneficiará as acelerações e o comportamento, cartas que são tradicionalmente trunfo para a Porsche. A distância entre eixos é também maior, o que lhe permite reforçar o habitáculo e, sobretudo, a mala. Veja o vídeo dos últimos testes, com a traseira do carro ainda parcialmente coberta, que tiveram lugar na África do Sul.

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Versões vão existir várias, todas elas sobrealimentadas, com quatro rodas motrizes e caixas com dupla embraiagem e oito velocidades da ZF. A versão mais sofisticada vai manter a denominação Panamera Turbo e recorrerá ao novo motor 4.0 V8, de onde extrai uma potência que deverá oscilar entre 550 e 600 cv consoante as versões (actualmente possui um 4,8 V8 com 520 cv na versão Turbo e 570 cv no Turbo S). Na hierarquia da marca, logo abaixo do Turbo surgirá o 4S, que extrairá 440 cv do novo motor 3.0 V6 biturbo.

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Os devoradores de quilómetros podem ficar descansados, pois vai continuar a existir Panamera Diesel, apesar de nesta geração merecer a denominação Super Diesel. É que o antigo motor 3.0 V6 de 300 cv desaparece, surgindo no seu lugar um 4.0 V8 de 420 cv. Numa fase posterior deverá passar a estar disponível uma versão mais acessível do Panamera, em que o 3.0 V6 a gasolina recorrerá a apenas um turbocompressor. Está igualmente prevista a introdução de uma versão híbrida e de um diesel mais pequeno e menos possante, com todos os motores a continuarem a recorrer a base Audi.

À segunda é de vez

A Porsche continua a ver a suas vendas mundiais disparar para valores até aqui julgados impossíveis. E seriam, não fosse a incursão pelo mundo das berlinas, dos SUV e, sobretudo, dos diesel. Até aqui especialista em desportivos de dois ou 2+2 lugares, a Porsche vivia sobretudo da imagem do 911, o que não a impediu de produzir modelos fantásticos como o Carrera GT, impressionante sob o ponto de vista estético e mecânico. Para crescer teve de sair fora do seu elemento e foi notório que não acertou à primeira, caso dos Boxster, Cayenne e Panamera. Mas o reputado construtor teve a arte e o engenho de emendar a mão e passar a propor o que os clientes verdadeiramente desejam: veículos desportivos, lindos de morrer e emocionantes de conduzir. Isto independentemente de se destinarem à família ou para andar em estradas degradadas em terra.

As primeiras versões do Cayenne e do Panamera não eram brilhantes sob o ponto de vista estético e, não fosse o respeitável emblema que envergavam, choveriam críticas a rodos. Mas ao primeiro Cayenne seguiu-se uma segunda geração, com o SUV alemão a surgir por fim com as formas que todos desejavam. O que a Porsche revelará dentro de dois dias, as fotos oficiais da segunda geração do Panamera, provará que, também para a berlina familiar da gama, à segunda é de vez. Em questões de apuro estético, é claro.