Um acidente fatal com um carro em piloto automático está a trazer a discussão sobre a segurança destes automóveis para a ordem do dia.

O piloto automático do Tesla S, modelo que Joshua Brown, a vítima mortal, conduzia na altura do acidente, a 7 de maio, avisa os condutores de que devem manter as mãos no volante. Mas, muitas vezes, os clientes preferem testar os limites do carro.

O CEO da Tesla, Elon Musk, foi o primeiro a aconselhar a nunca tirar as mãos do volante. Quando soube que andavam a circular vídeos na internet com utilizações arriscadas do piloto automático, Musk, mostrou-se preocupado. “Tem havido vídeos bastante doidos no YouTube, isso não é bom”, explicou na altura. Por isso, disse o líder da marca, a Tesla acrescentou “restrições adicionais” no piloto automático, para “minimizar a possibilidade de as pessoas fazerem coisas destas”.

A própria Talulah Riley, mulher de Elon Musk, publicou um vídeo nas redes sociais, este ano, em que utiliza o piloto automático da pior forma possível:

No YouTube, multiplicam-se os vídeos de clientes da Tesla que testam os limites dos seus veículos. Uns correm bem, como neste caso:

Outros nem tanto:

Há quem confie tanto no carro, que se dê ao luxo de dormir a sesta durante a condução:

O ano passado, um animador da rádio Antenne Bayern decidiu experimentar o Tesla num programa, chegando a fazer a barba enquanto o carro acelerava na autoestrada:

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Um acidente como o de Joshua Brown representa, atualmente, um vazio legal em relação à responsabilidade. Elon Musk explicou, no lançamento do software, que a responsabilidade seria dos condutores, devido ao aviso que o carro emite para os utilizadores manterem as mãos no volante. Por provar está ainda se Joshua teria ou não as mãos colocadas no volante no momento do acidente.

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