Ao início da tarde estavam registados 127 incêndios em Portugal Continental. Oito eram considerados ocorrências importantes. O distrito de Viana do Castelo é o mais afetado com cinco grandes fogos, de acordo com a página da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

No distrito de Viana do Castelo há incêndios ativos de grande dimensão nos concelhos de Viana, Arcos de Valdevez (dois), Ponte de Lima e Vila Nova de Cerveira. Os outros fogos que preocupam a Proteção Civil estão em Arouca (dois), no distrito de Aveiro, e em Viseu.

Veja, no fim do texto, o mapa do site Fogos.pt. Aqui em baixo vai encontrar uma imagem que a NASA partilhou e que mostra os incêndios em Portugal vistos a partir do espaço.

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Os dados atualizados às 14h55 davam ainda conta de mais de três mil operacionais no terreno, 1053 meios terrestres e 23 meios aéreos que estavam a ser mobilizados no combate às chamas em todo o país. No caso de Viana de Castelo, são esperados dois aviões Canadair espanhóis para atacar as cerca de 18 ocorrências no distrito.

Perante a dificuldade de meios e a extensão e gravidade da situação, foi acionado o plano distrital de emergência para o Alto Minho, o que permite às entidades locais pedirem um reforço dos meios ao governo. Este plano tinha sido acionado em 2005 pela última vez.

O Porto continua a ser o distrito com o maior número de ocorrências.

O primeiro-ministro desloca-se esta terça ao Comando Nacional da Proteção Civil, em Lisboa, para se inteirar da situação dos incêndios que estão a assolar o país. De acordo com o gabinete do primeiro-ministro, a deslocação não estava prevista na agenda do primeiro-ministro, mas a situação registada nos últimos dias levou o chefe do Governo a querer ouvir, “de viva voz”, por parte dos operacionais, qual o ponto de situação do combate aos fogos. Com António Costa vai a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa.

Depois de dois dias de calor intenso — domingo foi até agora o dia mais quente do ano — espera-se hoje uma descida das temperaturas, mas o reduzido nível de humidade no ar e o vento, sobretudo na Madeira, estão a contrariar os esforços dos bombeiros.

Para já, só há registo de uma vitima mortal ontem em Valongo. O homem de 57 anos morreu devido a uma paragem cardio-respiratória na sequência do incêndio, que deflagrou perto do bloco de apartamentos onde vivia. O incêndio já dominado ameaçou habitações e fábricas.

Esta madrugada foi considerado dominado o incêndio na zona de Silves que obrigou à deslocação temporária de 41 pessoas.

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