O tufão Mindulle, o nono da temporada na Ásia, provocou pelo menos um morto e 60 feridos à sua passagem pelo leste do Japão, segundo um balanço divulgado esta terça-feira pela televisão pública NHK.

Catalogado inicialmente como “forte”, o Mindulle chegou na manhã de segunda-feira ao sudeste do Japão, golpeando a capital, Tóquio, e zonas próximas, com ventos que atingiram os 180 quilómetros por hora, chuvas intensas, inundações e deslizamentos de terra, paralisando ligações aéreas e ferroviárias.

Hokkaido encontra-se esta terça-feira sob alerta meteorológico devido à chegada do tufão que rumou ao nordeste do arquipélago e alcançou a ilha pelas 6h00 (21h00 de segunda-feira em Lisboa).

A Agência Meteorológica do Japão reviu em baixa a categoria do tufão para tempestade subtropical forte, mas alertou para o risco de ocorrência de chuvas torrenciais, inundações, deslizamentos de terra e forte ondulação no norte do vasto arquipélago japonês.

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O Mindulle foi o primeiro tufão nos últimos 11 anos a entrar diretamente em território japonês através da região central de Kanto, onde passou por parte da prefeitura de Chiba (adjacente à Área Metropolitana de Tóquio).

Nas oito prefeituras afetadas, incluindo a da capital, foram registadas inundações e deslizamentos de terra, tendo as autoridades da região aconselhado mais de meio milhão de pessoas a abandonarem as suas casas como medida de precaução.

Além de ter causado uma vítima mortal, uma mulher de 58 anos, o tufão provocou seis dezenas de feridos e afetou severamente os transportes na segunda-feira, com mais de 500 voos cancelados, a maioria no aeroporto de Haneda (Tóquio), afetando aproximadamente 73 mil passageiros.

Inúmeras ligações ferroviárias foram anuladas ou sofreram atrasos no centro, leste e nordeste do país, incluindo os comboios de alta velocidade ‘shinkansen’, assim como os serviços de transporte marítimo.

O Mindulle suscitou receios na região de Fukushima, onde se localiza a central nuclear devastada pelo sismo seguido de tsunami em março de 2011, dado que os níveis de radioatividade nas fossas aumentaram, de acordo com um comunicado da operadora da unidade, a Tokyo Electric Power (Tepco).

A Ásia é sacudida anualmente por entre 20 a 30 tufões.