Luís Marques Mendes considera que o eventual novo imposto sobre o património imobiliário, anunciado esta semana pelo Bloco de Esquerda e pelo Governo, “está para António Costa como a TSU para Passos Coelho” e que este pode ser “o primeiro grande erro estratégico” do primeiro-ministro. O comentador diz que, nos moldes em que está a ser discutido, este imposto “é criminoso para a economia” e representa um “assalto fiscal”.

No habitual espaço de comentário político na SIC, Marques Mendes começou por criticar aquilo que diz ser a descoordenação entre os membros do Governo. Isso vê-se, exemplificou, nas declarações do ministro da Economia sobre impostos e na forma como Mário Centeno comentou, numa televisão estrangeira, a eventualidade de um segundo resgate a Portugal. “O ministro das Finanças foi inábil na resposta”, declarou Marques Mendes, que ainda se referiu a desentendimentos entre o ministro Caldeira Cabral (Economia) e um dos seus secretários de Estado. Essa querela vai ter consequências brevemente, anunciou: “O presidente do IAPMEI [Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação] vai ser substituído.”

Em conclusão, “o Governo, nos últimos dias, está um bocadinho pelas ruas da amargura”, disse o comentador. E disso também é prova a forma como o Executivo está a lidar com o Orçamento para 2017. “Vem às pinguinhas, às bochechas”, criticou Mendes, que depois analisou a proposta de imposto sobre o património que está em cima da mesa.

“Isto é um assalto fiscal. Não é justiça, é um assalto”, afirmou, elencando o conjunto de impostos e taxas que os proprietários de imóveis de alto valor têm de pagar atualmente. “Para além de violento, este imposto é insensato. Vai afugentar os investidores nacionais e estrangeiros”, acrescentou Marques Mendes, para quem o referido imposto, se vier a existir, “é criminoso para a economia”.

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